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Secretário de SP pede aulas presenciais 'independentemente das vacinas'

Rossieli Soares defende o retorno das aulas presenciais em São Paulo - Reprodução/Instagram
Rossieli Soares defende o retorno das aulas presenciais em São Paulo Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL

13/05/2021 09h41

Em São Paulo, o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, prevê que o ensino presencial deve ter uma maior taxa de adesão nas próximas semanas. Segundo ele em entrevista para o Valor Econômico, o retorno ao modelo tradicional é importante para os alunos e deve ocorrer "independentemente da vacina" contra a covid-19.

A campanha de imunização do estado tem incluído professores acima de 47 anos, a segunda dose para eles já está disponível e deve durar até o dia 20. "Mas o que tenho dito para nossa rede é que a gente precisa estar voltando. Aliás, independentemente das vacinas. As crianças e jovens estão precisando muito", falou Rossieli.

O secretário disse que uma reunião para reavaliar o retorno presencial está agendada para hoje. A pasta do estado espera boa adesão dos alunos, já que quando o ensino presencial foi flexibilizado em abril 1,8 milhão de estudantes retornaram às escolas gradualmente. O número representa cerca de 20% dos matriculados.

Ao defender a modalidade física da educação, Rossieli afirmou ser necessário ter cuidado com as fake news. "As confusões começaram lá em março do ano passado, as pessoas talvez já tenham esquecido. Mas a Organização Mundial de Saúde dizia que máscara não era obrigatória porque não havia evidência de que isso funcionasse e que protegesse", citou como exemplo.

Um ponto que poderia trazer segurança para o retorno das aulas presenciais, segundo o secretário, é a ideia de que crianças seriam menos suscetíveis a propagar coronavírus. "Saiu mais um estudo da Fiocruz, desta vez, dizendo: criança não é o principal fator de transmissão. Obviamente que ela pode se contaminar, mas ela não contamina os adultos. Geralmente, são os adultos que contaminam as crianças", falou.

Algumas mudanças ocorreram nesse último ano nos locais de ensino. Não só a higiene reforçada e uso de álcool em gel viraram rotina, mas em São Paulo as escolas receberam verba maior para fazer reformas de instalações, um sinal de que o retorno do presencial faz parte dos planos.

Apesar de defender o ensino em pessoa, Rossieli disse que as aulas remotas foram de grande importância para evitar um número alto de evasão escolar e que a tecnologia deve continuar como uma ferramenta importante na educação. "Não dá para dizer nem o quanto que é bom, nem o quanto não é. Mas uma coisa eu posso afirmar: nada substitui o presencial", afirmou.