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Recuperação do nível de aprendizagem vai demorar até 3 anos, diz secretário

Secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, diz que recuperação do nível de aprendizagem pode demorar até 3 anos - Reprodução/Instagram
Secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, diz que recuperação do nível de aprendizagem pode demorar até 3 anos Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

22/07/2021 10h48Atualizada em 22/07/2021 10h58

A recuperação do nível de aprendizagem escolar pode demorar até 3 anos, afirmou hoje o secretário de educação de São Paulo, Rossieli Soares, em entrevista à CNN. A volta às aulas no estado está prevista para 2 de agosto, e a vacinação contra covid em adolescentes a partir de 23 de agosto.

"Vai demorar uns 2, 3 anos para que a gente consiga recuperar o que perdemos na pandemia sem as aulas presenciais", disse o secretário. "O estado de São Paulo volta às aulas no dia 2 de agosto. Não é obrigatório para a família, ainda no mês de agosto, mas é fundamental que as escolas estejam abertas. Estaremos em campanha muito forte para que estudantes voltem".

Se quisermos voltar a recuperar [a aprendizagem], tem que ser com o estudante dentro da sala de aula, não dá mais para ter escola fechada."
Secretário estadual de educação de SP, Rossieli Soares

O secretário ressaltou que, com a pandemia, a possibilidade de abandono da escola, "pela necessidade de ter que trabalhar, ajudar em cassa, ter o que comer", aumentou.

Segundo Soares, o governo mudou o protocolo de segurança dentro das escolas para diminuir o risco de contaminação pelo coronavírus. "Não temos mais limitador percentual pela matrícula, agora o limitador passa a ser o distanciamento. Pegamos o metro quadrado daquela sala e calculamos quantos alunos, com 1 metro quadrado de distância entre si, podem estar naquela sala de aula".

Soares também comentou sobre a reforma do ensino médio, que amplia a carga horário dos estudantes e inclui no currículo os chamados itinerários formativos —parte das disciplinas passa a ser escolhida pelos estudantes.

"Quando falamos do novo ensino médio, estamos falando de atratividade. É uma mudança em toda a estrutura de educação porque precisamos manter esse jovem dentro da escola, aprendendo e mais interessado", afirmou. "Estamos falando de uma educação ligada a uma espinha dorsal, o projeto de vida do aluno. Se a gente não olhar para os sonhos e desejos do estudante, vamos continuar tendo dificuldades".

Ele ainda comentou sobre a vacinação entre os profissionais de saúde. Segundo Soares, foram imunizados até 99% do público-alvo com, ao menos, a primeira dose. "Em 10 de abril, começamos vacinando os profissionais com mais de 47 anos, que tem a maioria das pessoas com comorbidades", relembrou. "A única exceção [no volta às aulas] são profissionais de educação que têm alguma comorbidade e que, por ventura, não tenham tomado a segunda dose".