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Maioria das redes municipais volta às aulas em agosto; 18% não têm data

A questão infraestrutural que ajude e evitar novas contaminações por covid-19 é alarmante diante das retomadas às salas de aula. - Ana Paula Bimbati/UOL
A questão infraestrutural que ajude e evitar novas contaminações por covid-19 é alarmante diante das retomadas às salas de aula. Imagem: Ana Paula Bimbati/UOL

Do UOL, em São Paulo

23/07/2021 15h15Atualizada em 23/07/2021 21h59

A maioria das escolas das redes municipais do país já tem previsão da retomada presencial das atividades. Em 1.226 cidades, a volta às aulas acontecerá em agosto, em outros 939 locais as aulas já começaram e em 563 regiões ainda não há previsão de retorno.

Os dados foram copilados pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) na 18ª pesquisa sobre o cenário da pandemia no país. Ao todo, 3.181 municípios participaram do levantamento, que ocorreu entre 19 a 22 de julho. O número de cidades que integraram a pesquisa é referente a 57,1% das cidades do país.

Outra pesquisa realizada pela Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), em parceria com o Itaú Social e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), apontou que 57% das redes municipais concluíram os protocolos sanitários contra o coronavírus.

As medidas são necessárias para que haja uma volta segura às aulas presenciais. Outras 40,4% responderam que esse processo ainda está em construção e 2,6% nem começaram. Ao todo, 3.355 redes municipais, que representam 60,2% do total de cidades do Brasil, participaram do levantamento, feito entre 15 de junho e 9 de julho. Elas representam cerca de 13 milhões de estudantes da educação básica pública.

A criação de uma infraestrutural que ajude e evitar novas contaminações por covid-19 é um campo ainda em construção no contexto da retomada às salas de aula.

O relatório da Comissão Externa de acompanhamento do Ministério da Educação mostrou que, até o mês de junho, não havia sido utilizado R$ 1,2 bilhão disponível da pasta para investir na infraestrutura da educação básica e equipar as escolas para a volta presencial.

Mesmo diante dos impasses, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez um pronunciamento em defesa do retorno presencial. "O Ministério da Educação não pode determinar o retorno presencial das aulas, caso contrário eu já teria determinado", disse.

Vacinação avança e mortes retrocedem no país

A mesma pesquisa da Confederação de Municípios aponta que com o avanço da vacinação, houve queda de mortes por covid-19. De acordo com o CNM, 1.689, ou 34,4%, dos municípios não registraram mortes nesta semana.

Cerca de 527 gestores responderam que as mortes reduziram, ou seja, 16,6% dos respondentes; enquanto em 310 municípios — ou em 9,7% — esse número aumentou. Os óbitos ficaram estáveis nesta semana em 606, referentes a 19,1%.