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Universitários fazem manifestação no centro de São Paulo

Em São Paulo

18/06/2014 16h12Atualizada em 18/06/2014 19h38

Estudantes em greve de USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista) realizaram no início da tarde desta quarta-feira, 18, uma manifestação dentro da Estação Sé do Metrô, no centro de São Paulo, para cobrar que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) cancele a demissão de 42 metroviários na semana passada. Os profissionais foram dispensados após uma paralisação de cinco dias.

Os manifestantes afirmam que o governo estadual agiu com truculência, além de desrespeitar o direito constitucional de greve e de criminalizar as reivindicações sindicais, já que os 42 demitidos eram membros ativos do Sindicato dos Metroviários. Ainda segundo os manifestantes, o governo não apresentou nenhuma justificativa concreta que apontasse a prática de crimes pelos demitidos, que foram dispensados por justa causa. Centenas de passageiros acompanharam o protesto, perto das catracas.

"Não vai passar nenhuma demissão, trabalhadores e estudantes pela reintegração" e "Metroviário é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo" foram alguns dos gritos de guerra da manifestação. O grupo com dezenas de pessoas também levou faixas.

Os manifestantes participaram antes de uma aula pública na praça da Sé contra as políticas do governo Alckmin para as universidades públicas do Estado. Segundo eles, o tucano tenta privatizar o ensino superior. Além disso, professores e funcionários das três universidades discursaram contra o congelamento de seus salários neste ano. Na ocasião, o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior, também discursou, manifestando seu apoio à paralisação dos servidores e estudantes de USP, Unicamp e Unesp.

Por meio de nota, o Metrô-SP informou que "a greve dos metroviários de São Paulo foi considerada abusiva pela Justiça do Trabalho. Já as demissões dos metroviários estão justificadas por abusos cometidos pelos demitidos durante o período de greve". "Os motivos vão desde a sabotagem ao plano de contingência do Metrô, que tentava dar o mínimo de disponibilidade do modal de transporte à população, a agressões e depredações, devidamente comprovados e registrados", informou a empresa.