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Alckmin: Decisão do TJ sobre escolas ocupadas foi incentivo ao diálogo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na tarde desta terça-feira - Adriana Spaca/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na tarde desta terça-feira Imagem: Adriana Spaca/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

24/11/2015 19h49

Brasília - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça, 24, que a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que indeferiu a liminar requerida pelo governo para a reintegração de posse das escolas ocupadas por estudantes foi entendida como um incentivo ao diálogo entre as partes.

"É o que nós estamos fazendo. Mas não pode, e nós vamos pedir autorização à Justiça, impedir quem quer estudar", disse o governador, em conversa com jornalistas. "Uma coisa é dialogar e debater, mas não se pode proibir os demais alunos que querem estudar de estudar".

Segundo Alckmin, o governo irá agora conversar com os desembargadores do Tribunal para tentar chegar a uma resolução sobre a questão das escolas. Segundo balanço da Secretaria Estadual de Educação, há 110 escolas ocupadas por estudantes em todo o Estado. Já a Apeoesp, principal sindicato de professores do Estado, fala em 132 colégios tomados.

As ocupações ocorrem em protesto contra a reorganização da rede estadual de ensino, apresentada pelo secretário estadual de educação Herman Voorwald. A medida fechará 93 escolas em todo o Estado e fará com que mais de 700 escolas tenham ciclo único, ou seja, ofereçam apenas uma das etapas de ensino (fundamental anos iniciais, do 1º ao 5º ano, anos finais, do 6º ao 9º, ou ensino médio).