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Ensino Fundamental

Biologia - Ecomorfologia

Mariana Aprile

Ecomorfologia

Objetivos

1) Compreender o conceito de ecomorfologia;

2) Analisar imagens de crânios e realizar algumas observações ecomorfológicas;

3) Discutir as observações com o docente, e elaborar conclusões.

Comentários

A ecomorfologia é uma área da ecologia que correlaciona as formas dos organismos com seus respectivos hábitos de vida. Além disso, segundo os estudos ecomorfológicos, o meio ambiente age sobre a morfologia dos seres vivos por meio de pressões seletivas - isto é, os animais e plantas são selecionados de acordo com os recursos disponíveis.

Desse modo, certo conjunto de características morfológicas pode indicar adaptações a um determinado nicho ecológico. Por exemplo, é possível dizer que tipo de alimentação faz parte da dieta de um animal, o grau de desenvolvimento de seu olfato e visão, ao se analisar seu crânio. No Brasil, maioria dos estudos ecomorfológicos é aplicada à ictiofauna, ou seja, aos peixes.

Na presente aula, os alunos irão realizar um estudo ecomorfológico básico, por meio de observação de fotos de crânios de morcegos. Ao observar a dentição, será possível identificar a dieta desses animais.

Procedimentos

1) Professor, explique aos alunos que existe uma área da ecologia que estuda as formas dos animais relacionadas aos seus respectivos modos de vida e, que esse tipo de estudo se denomina "ecomorfologia" ou ecologia morfológica.

2) Prepare algumas transparências com imagens das seguintes espécies de peixes:

a) Piranha

b) Peixe-gato ou cascudo

c) Peixe Kinguio

3) Em seguida, comente o tipo de alimento que cada um desses animais adota em sua dieta. Chame a atenção dos alunos para o tipo de boca e dentição que esses peixes apresentam.

4) Explique aos alunos que análises ecomorfológicas podem ser feitas em relação a qualquer parte do corpo de qualquer espécie de organismo vivo. Um outro exemplo que pode ser citado, é o seguinte:

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Note que, na ilustração acima, estão evidenciados os membros superiores de um mamífero aquático, de um ungulado, um canídeo, um humano e, por fim, um morcego. Em cada caso, os ossos se fundiram ou se alongaram, de acordo com as necessidades de vida de cada ser vivo.

5) Providencie para que os alunos possam observar, ou por papel impresso, ou por projeção (em transparência ou data show) as seguintes imagens:

6) Esclareça aos alunos que essas imagens são fotos de crânios e de partes do crânio de morcegos e, peça para seus alunos identifiquem o tipo de alimento de cada um deles. O primeiro exemplar é de um morcego vampiro; o segundo se trata de uma raposa voadora, ou seja, um morcego frugívoro e, por último, temos um morcego comedor de insetos.

O crânio da raposa voadora parece, a princípio, se tratar de um animal carnívoro, porém seus caninos servem para perfurar e rasgar frutos. Os dentes do morcego insetívoro, por sua vez, são adaptados para perfurar os exoesqueletos e cortá-los.

7) Quando a sala houver terminado essa atividade, revele a identidade de cada animal. Se desejar, professor, mostre-lhes as fotos dos "donos" de cada crânio:

a) Desmodus rotundus (morcego vampiro)

b) Pteropus alecto (Raposa voadora negra)

c) Molossus molossus (Morcego-de-cauda-livre)

8) Agora, ao observar as imagens acima, discuta com os alunos sobre os seguintes hábitos de vida desses morcegos: se eles são diurnos ou noturnos. O único morcego diurno, nesse caso é a raposa voadora. Pode-se concluir esse fato pelo tamanho de seus olhos e orelhas: olhos maiores e orelhas menores sugerem que esses animais se orientam mais pela visão do que pela audição e, por isso, provavelmente utiliza-se da luz do dia. Os outros morcegos possuem olhos menores e orelhas maiores.

Dica

A ecomorfologia e a evolução adaptativa caminham juntas. Por isso, é interessante que os alunos realizem uma leitura sobre a evolução dos animais.

 

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