50 anos de Acre - Conheça acrianos que se destacaram na política, na música e na TV

Montagem UOL
Você sabia que o falecido político e médico Enéas Ferreira Carneiro era acriano? Em geral, sabe-se muito pouco sobre o Acre, mas é visto que o Estado pariu filhos ilustres. Conheça alguns deles!
dez.1988 - Edison Caetano/Reuters
<strong>Chico Mendes</strong><br> O seringueiro Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, nasceu na cidade de Xapuri, a 15 de dezembro de 1944. Iniciou na profissão aos nove anos de idade e só aprendeu a ler aos 20. Isso porque, até 1970, os donos da terra nos seringais não permitiam a existência de escolas. Fundou o movimento sindical no Acre em 1975, com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, e se transformou em símbolo de luta pela defesa da Amazônia na década de 1980. Foi assassinado em 1988 na porta de sua casa pelo fazendeiro Darly Alves da Silva e seu filho, Darci Alves Pereira. Leia mais em sua <a href=http://educacao.uol.com.br/biografias/chico-mendes.jhtm"> biografia</a>
Rafael Andrade/Folhapress
<strong>Marina Silva</strong><br> A ex-senadora Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima nasceu a 8 de fevereiro de 1958 na comunidade Breu Velho, no Seringal Bagaço, zona rural da cidade de Rio Branco. Foi alfabetizada apenas aos 16 anos, pelo Mobral, projeto de alfabetização do regime militar. Filiada ao PT (Partido dos Trabalhadores), disputou seu primeiro cargo público em 1986, ao concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Conseguiu se eleger vereadora de Rio Branco dois anos depois. Em 1994, aos 36 anos, tornou-se a senadora mais jovem da história da República, e foi reeleita em 2002. Em 2003, com a eleição de Lula para a Presidência da República, foi nomeada ministra do Meio Ambiente. Em 2010, disputou a presidência da República pelo PV (Partido Verde), do qual se desvinculou no ano passado. Leia mais sobre <a href="http://educacao.uol.com.br/busca?q=marina+silva#q=marina%20silva">Marina Silva</a>.
AgNews
<strong>Glória Perez</strong><br> A autora de telenovelas Glória Maria Rebelo Ferrante Perez nasceu a 25 de setembro de 1948, na capital Rio Branco. Filha de um advogado e de uma professora, ela morou em sua cidade natal até os 16 anos. Uma de suas minisséries abordou o Estado natal, "Amazônia, de Galvez a Chico Mendes" (2007), transmitida pela Rede Globo. Sua primeira telenovela como autora titular foi "Partido Alto", seguido de diversos sucessos, como "Barriga de aluguel" (1990), "De corpo e alma" (1992), "Explode coração"(1995), "O Clone"(2001) e "Caminho das Índias" (2009). Também fez as minisséries "Hilda Furacão" (1998) e "Desejo" (1990). Leia mais sobre <a href="http://entretenimento.uol.com.br/famosos/gloria-perez/index.htm">Glória Perez</a>.
Marisa Cauduro/Folhapress
<strong>Adib Jatene</strong><br> O cardiologista, político e professor universitário Adib Domingos Jatene nasceu na cidade de Xapuri, a 4 de junho de 1929. Filho de imigrantes libaneses, ele se mudou para Minas Gerais após a morte de seu pai, que era seringueiro. Formou-se em medicina na Universidade de São Paulo, onde viria se tornar depois, professor. No final dos anos 1950, desenvolveu o primeiro aparelho coração-pulmão artificial do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Sua mais importante contribuição foi descrever a técnica de "Correção da Transposição dos Grandes Vasos da Base", conhecida, hoje, como "Operação de Jatene", que tem sido empregada com sucesso em todo o mundo. Entre os destaques de sua carreira política, Jatene foi secretário estadual de Saúde no governo Paulo Maluf, em São Paulo, e duas vezes ministro da Saúde, durante o Governo Collor e, a última delas, no governo de Fernando Henrique Cardoso. É membro da Academia Nacional de Medicina.
Reprodução
<strong>José Vasconcellos</strong><br> O humorista José Tomaz da Cunha Vasconcellos Neto nasceu em Rio Branco a 20 de março de 1926. Ele era considerado um dos maiores nomes do humor brasileiro e um dos pioneiros no stand up comedy. Sua carreira começou no rádio, com imitações de gago e ganhou destaque com o aluno gago Ruy Barbosa Sá Silva da "Escolinha do Professor Raimundo", na Rede Globo, e da "Escolinha do Barulho", da Rede Record. Em 1964, ao retornar de uma viagem a Los Angeles, José Vasconcellos teve a ideia de construir a "Vasconcelândia", um parque temático numa área de um milhão de metros quadrados, no município de Guarulhos. No entanto, o projeto fracassou e quase o levou à falência. Morreu aos 85 anos, em 11 de outubro de 2011, quando estava com mal de Alzheimer e problemas no rim. Leia mais sobre <a href="http://educacao.uol.com.br/busca?q=Jos%C3%A9+Vasconcellos#q=Jos%C3%A9%20Vasconcellos"> José Vasconcellos </a>.
Sérgio vale/Agência de Notícias do Acre
<strong>Armando Nogueira</strong><br> O jornalista Armando Nogueira nasceu em Xapuri a 14 de janeiro de 1927. Filho de imigrantes cearenses, ele se mudou para o Rio de Janeiro aos 17 anos e estudou Direito. Seu primeiro emprego como jornalista foi em 1950, na editoria de esportes do "Diário Carioca", onde trabalhou por 13 anos como repórter, redator e colunista. Trabalhou ainda na "Revista Manchete" e na revista "O Cruzeiro". Em 1959, entrou para o "Jornal do Brasil", onde foi redator e colunista. Como repórter, fez a cobertura de todas as Copas do Mundo a partir de 1954 e de todos os Jogos Olímpicos desde 1980. Em sua passagem pela Rede Globo, implantou os programas jornalísticos em rede nacional e criou os programas "Jornal Nacional" e "Globo Repórter". O jornalista ainda trabalhou na TV Bandeirantes, no SporTV e na rádio CBN. Faleceu em 29 de março de 2010, vítima de câncer no cérebro. Leia mais sobre <a href="http://educacao.uol.com.br/busca?q=%22Armando%20Nogueira%22#"> Armando Nogueira </a>.
Roberto Barroso/EBC
<strong>Jarbas Passarinho</strong><br> O militar, ex-senador e ex-ministro Jarbas Gonçalves Passarinho nasceu em Xapuri a 11 de janeiro de 1920. Ao longo dos 20 anos de ditadura militar, ocupou três ministérios importantes, em governos distintos do regime: Trabalho, no governo Arthur Costa e Silva (1967-69), Educação, com Emílio Garrastazu Médici (1969-74), e Previdência Social, nos tempos de João Baptista Figureiredo (1979-85). Ele esteve entre os assinantes do AI-5 (ato Institucional 5), que suspendeu todas as liberdades democráticas e direitos constitucionais. Atualmente, está aposentado como coronel do Exército.
Carol Guedes/Folhapress
<strong>João Donato</strong><br> O músico João Donato nasceu em Rio Branco a 17 de agosto de 1934. Filho de um major da aeronáutica, ele se mudou aos 11 anos para o Rio de Janeiro com a família. Aos cinco anos já tocava acordeon, aos sete, piano e, aos oito, compôs sua primeira música, a valsa "Nini". Sua primeira gravação é feita com Altamiro Carrilho, no início da década de 1950. Na seqüência, conhece e se relaciona com o grupo que viria a criar a bossa nova: Tom Jobim, João Gilberto, Johnny Alf, Luís Bonfá, entre outros. Vai para os EUA para ficar 2 semanas e mora no país por 12 anos . De volta ao Brasil na década de 1970, ele retoma sua carreira com o disco "Quem é Quem" e, em 1974, lança o álbum "Lugar Comum" com composições em parceria com Caetano Velloso e Gilberto Gil. Fica quase 20 anos sem gravar e retorna no final da década de 1990, com o álbum "Coisas tão simples". Tem gravado canções e discos até os dias de hoje. Leia mais sobre <a href="http://educacao.uol.com.br/busca?q=%22Jo%C3%A3o%20Donato%22#"> João Donato </a>.
Leonardo Colosso/Folha Imagem
<strong>Enéas Carneiro</strong><br> Enéas Ferreira Carneiro nasceu em novembro de 1938, em Rio Branco. Formado em medicina em 1965 pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e fez mestrado em cardiologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fundador do extinto Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona), ele se tornou conhecido durante sua primeira tentativa de chegar à presidência, em 1989, quando tornou famoso o bordão "Meu nome é Enéas", que encerrava seus 15 segundos no programa eleitoral. Em 2000, concorreu à prefeitura de São Paulo e, em 2002 foi eleito deputado federal com o maior número de votos na história do país (1,74 milhão de votos). Em 2006, Enéas foi reeleito (desta vez com 387 mil votos) para o cargo em que permaneceria até 2010. Faleceu em 6 de maio de 2007, no Rio de Janeiro, em decorrência de uma leucemia. Leia mais sobre <a href="http://educacao.uol.com.br/busca?q=%22Eneas%20Carneiro%22#"> Enéas Carneiro </a>.