Arte britânica: visita virtual à Tate Britain

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A Tate Britain reúne o acervo mais importante da arte britânica, do Renascimento aos dias de hoje. O museu fica em Millbank, SW1P 4RG, Londres, perto da estação Pimlico do metrô. Quem não pode ir a Londres neste instante, ao menos pode fazer uma visita guiada virtual pelo acervo do museu e descobrir os encantos da arte britânica Mais
Reprodução/Tate Britain
Numa época em que a fotografia estava longe de ser inventada, a pintura de retratos tinha grande importância social. Especialmente, a partir do Renascimento que, na Inglaterra, coincidiu com o reinado da dinastia Tudor. O retrato de Mary Rogers (detalhe), de autoria de Marcus Gheeraert II, holandês radicado na corte londrina, exemplifica a tendência artística do período e dá uma ideia da exuberante moda feminina de então. Mais
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Durma-se com um barulho desses! Ou melhor, componha-se com essa confusão! É o que só pode estar pensando o músico furioso, que é o tema dessa gravura de William Hogarth, pintor e gravurista que dominou o cenário das artes plásticas inglesas na primeira metade do século XVIII. Hogarth gostava da sátira e da caricatura e fez vários desenhos que tinham sequências, compondo pequenas histórias. Por isso, ele é considerado um pioneiro das histórias em quadrinhos. Mais
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Em matéria de retratos, poucos pintores ingleses fizeram tanto sucesso quanto Thomas Gainsborough, que rivalizava com Joshua Reynolds na preferência da nobreza e a da burguesia de seu país. Ser retratado por Gainsborough era privilégio dos poucos. Acima, um detalhe do retrato da italiana Giovanna Baccelli, primeira bailarina do King's Theatre de Londres, em 1782, uma espécie de pop-star inglesa do século XVIII. Mais
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Antes de virar um paraíso fiscal, a ilha de Jersey, no canal da Mancha, já era motivo de conflitos. Este quadro de John S. Copley retrata os ingleses defendendo a ilha de uma invasão francesa e exalta o major Francis Peirson, que foi vitima de um franco-atirador francês. Note à esquerda do major morto, o atirador negro, ordenança de Peirson, que atira para vingar a morte de seu oficial. Numa época em que não havia cinema, a pintura se encarregava das cenas de ação. Mais
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A luz era o foco de Joseph Mallord William Turner, o mais célebre dos pintores ingleses da virada dos séculos XVIII e XIX. Era a luz que ele pretendia fixar em seus quadros, ressaltando-a até em cenas noturnas, como se vê nessa obra de 1796, intitulado "Pescadores no mar". Turner tornou-se profissional aos 10 anos de idade, quando ganhava dinheiro colorindo gravuras de outros artistas. Aos 15, já era uma celebridade. Hoje as obras de Turner custam milhões de euros. Mais
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Engana-se quem pensa que a abstração é característica exclusiva da arte moderna. O inglês William Turner já flertava com ela no início do século XIX, como se vê nesse estudo intitulado "O farol de Shields", de 1826. Os estudos sobre luz que Turner desenvolveu impactaram os artistas franceses que revolucionaram as artes plásticas com o Impressionismo. A importância de Turner também se traduz no valor em dinheiro de suas obras que já atingiram em leilão 35 milhões de euros. Mais
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No início do século XIX, o Romantismo teve grande desenvolvimento, tanto na Inglaterra quanto na Escócia. Dos românticos ingleses, William Blake se destacou tanto na literatura quanto nas artes plásticas. Foi poeta e prosador de reconhecida importância e, na pintura e na ilustração de obras literárias, desenvolveu um trabalho original, como se vê nesse "Eloin criando Adão". Blake gostava dos temas bíblicos, que usava para criticar a Igreja Anglicana. Mais
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A morte de Ofélia, afogada, em provável suicídio, no quarto ato de "Hamlet", de Shakespeare, inspirou muitos artistas românticos ingleses, como John Everett Millais, no quadro acima. Millais foi um dos expoentes do grupo de pintores conhecidos como Pré-Rafaelitas, que queriam resgatar os valores da pintura Medieval anterior ao Renascimento. A modelo de Millais para este quadro foi Elisabeth Siddal, casada com outro pintor pré-rafaelita, o anglo-italiano Dante G. Rossetti. Mais
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O poeta inglês Thomas Chatterton envenenou-se com arsênico aos 17 anos e seu suicídio teve na época uma repercussão semelhante ao de Kurt Cobain. Das várias obras que puseram em foco a morte de Chatterton, a mais célebre é a de autoria de Henry Wallis (acima), pintor também ligado ao grupo Pré-Rafaelita. A morte e o suicídio instigavam a imaginação dos artistas de meados do século XIX, no mundo todo, inclusive no Brasil, como exemplifica a obra de Álvares de Azevedo. Mais
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Quem vai à Torre de Londres ainda hoje vai deparar com os chamados "beefeaters" ou "yeoman", que constituem a sua guarda e também atuam como anfitriões na visitação do local. Muito antes de os "beefeaters" se transformarem em guias turísticos, eles participavam das ações do exército imperial britânico. Entre os heróis dessa corporação no século XIX, encontrava-se John Charles Montague, aqui retratado pelo pintor pré-rafaelita John Everett Millais. Mais
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Eis um retrato oficial do coronel inglês T. E. Lawrence que passou à história como Lawrence da Arábia e deu origem ao filme de mesmo nome, em que foi interpretado pelo ator irlandês Peter O'Toole. O retrato é de autoria de Augustus John, que foi ainda o retratista de diversas outras personalidades britânicas de sua época, como Thomas Hardy, Yeats, Bernard Shaw e Dylan Thomas. As obras de John mostram que, mesmo com a fotografia, o retrato pintado continuou incorporado à arte britânica. Mais
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Neto do famoso psicanalista, Lucien Freud nasceu na Alemanha, mas se naturalizou inglês. Sua obra, segundo sir Herbert Read, um dos maiores estudiosos de arte da Inglaterra, colocou a pintura no caminho do Existencialismo, filosofia que dominou a cena intelectual nos anos 1950-1960, e que se debruçava sobre a angústia e a solidão da existência humana. O quadro, intitulado "Moça com o cachorro" é um retrato de Kathleen Garman, primeira esposa do pintor. Mais
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Se a arte inglesa é marcada por uma concepção tradicionalista, os artistas modernos se destacam por unir a tradição à ousadia, como neste quadro de Patrick Caulfield, em que o desenho realista contrasta com as cores fortes, numa composição característica da pop-art. No entanto, Caulfield, que faleceu em 2005, aos 69 anos, não gostava de se ver vinculado a nenhum movimento artístico. Sobre esse quadro, ele escreveu que a imagem era só um pretexto para ele soltar as cores. Mais