Como as artes plásticas retratam os índios ao longo da história do Brasil

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Os índios são ao mesmo tempo espectadores e personagens, em "A primeira missa no Brasil", quadro de 1861, do pintor Victor Meirelles (1832-1903), apresenta uma visão idealizada do episódio narrado por Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei dom Manuel, que ajudou a formar o imaginário histórico brasileiro
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Iracema, a virgem dos lábios de mel, personagem do romance de José de Alencar, inspirou este quadro ao pintor José Maria de Medeiros (1849-1925), que se encontra no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O Indianismo - muito conhecido em seus aspectos literários - também se manifestou na pintura
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Personagem do romance homônimo de José de Alencar, obra-prima do Romantismo brasileiro, Iracema também seduziu o pintor e ilustrador Antônio Parreiras (1860-1937), que também criou sua versão da virgem dos lábios de mel, ressaltando a tristeza e o abandono que a consomem
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O pintor Albert Eckhout (1610-1666) veio para Pernambuco em 1637, na comitiva de Maurício de Nassau, com a missão de retratar o Novo Mundo, seus habitantes, sua fauna e sua flora. A "Dança dos Tapuias", uma de suas obras primas, encontra-se atualmente no Museu Nacional de Dinamarca
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"A morte de Lindoia", de José Maria de Medeiros(1849-1925), retrata o episódio do poema épico "O Uraguai", de Basílio da Gama, em que o irmão da índia mata - tarde demais - com uma flechada a serpente que ela usou para se suicidar. Medeiros procura captar o espírito do autor que diz ser bela a morte em Lindoia
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Entre 1554 e 1567, os índios do litoral do sudeste brasileiro se rebelaram contra os portugueses no episódio que ficou conhecido como Confederação dos Tamoios e deu origem ao poema homônimo de Gonçalves de Magalhães, no qual se inspirou o pintor Rodolfo Amoedo (1857-1941) para pintar este "O último tamoio", que retrata a morte do cacique Aimberê
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"Moema", de Victor Meirelles (1832-1903), é baseado no poema épico "Caramuru", de José de Santa Rita Durão. A índia, apaixonada por Diogo Álvares Correia, o Caramuru, ao vê-lo regressar à Europa, atira-se na água e nada atrás do navio até perder as forças e afogar-se. A maré deposita na praia seu corpo sem vida
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"Índios em uma fazenda de Minas Gerais", do artista alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858), que veio ao Brasil em 1821, com a expedição do barão Langsdorf, permanecendo por aqui três anos. Fez desenhos a grafite e bico-de-pena de tipos brasileiros, índios e negros, bem como documentou paisagens e espécies vegetais
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"Caboclo", de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) retrata um mestiço que, a rigor, já teria deixado a vida selvagem e aderido à civilização, mas esses limites talvez fossem muito difíceis de se ver no Brasil, em especial aos olhos de um francês. Mas Debret não faz julgamentos, apenas retrata
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Índios bororos, no traço objetivo e delicado de Hercules Florence (1804-1879), artista, inventor e pioneiro da fotografia, que percorreu o Brasil com a expedição do Barão Langsdorf, entre 1825 e 1829, perfazendo um trajeto de 13 mil quilômetros. Produziu uma quantidade imensa de imagens de enorme valor antropológico