Tonico Benites: "Precisamos de mais índios na universidade"

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A aldeia de Jaguapiré, em Tacuru (MS), onde Tonico Benites deu aulas no início da carreira. Segundo o professor, a escola era improvisada e a turma tinha cerca de 30 crianças de várias idades e diferentes estágios de aprendizagem Mais
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O pesquisador Tonico Benites (esquerda) após a publicação da sua dissertação de mestrado, na 28ª reunião da Associação Brasileira de Antropologia, na PUC-SP, em 2012. Ao lado dele, o mestre e doutor em antropologia pela UnB (Universidade de Brasília), o índio Gersem Baniwá Mais
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O antropólogo Tonico Benites (centro) durante uma pesquisa de campo em 2011. No mestrado, Benites estudou a visão dos kaiowás sobre a escola na região de Tacuru, no sul de Mato Grosso do Sul. "Antes falavam que o indígena não era um ser um humano completo, por isso, não podia ser professor, não podia fazer faculdade. Estudar é importante para mostrar que nós somos capazes. Precisamos de mais índios na universidade, pesquisando e atualizando a academia" Mais
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A aldeia de Jaguapiré, em Tacuru (MS), onde Tonico Benites deu aulas no início da carreira. Segundo o professor, a escola era improvisada e a turma tinha cerca de 30 crianças de várias idades e diferentes estágios de aprendizagem Mais
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O pesquisador e professor Tonico Benites na aldeia Jaguapiré, em Tacuru (MS), onde a sua família mora atualmente. "Os professores diziam que a gente era índio, mas que, em pouco tempo, ia virar 'brasileiro'. Por isso, tínhamos que cantar o hino nacional e fazer orações todos os dias. Hoje sei que era uma política nacional, uma ideia de que em pouco tempo a nossa cultura ia acabar", diz Mais
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O antropólogo Tonico Benites durante pesquisa sua pesquisa de campo em dezembro de 2009, em uma área indígena em processo de litígio no sul de Mato Grosso do Sul. Benites pertence à etnia guarani-kaiowá, que vive principalmente na região sul de Mato Grosso do Sul Mais
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Tonico Benites em frente ao prédio da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), onde se formou em pedagogia. "Eu era o único indígena da minha sala na faculdade e, quando ia apresentar algum trabalho, diziam ?lá vem ele falar de índio de novo?, e alguns saíam da sala. Eu estudava o tema porque era a realidade que eu conhecia" Mais