Alunos com deficiência visual descobrem animais pelo tato

Marcello Casal Jr./ABr
Em visita ao zoo, alunos com deficiência visual do Centro Educacional Setor Leste de Brasília puderam conhecer diversos animais, ao tocarem aves e mamíferos Mais
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Uma ave de asas leves, com bico quase de plástico e muito colorido. É assim que Gabriel Fernando Silva, de 18 anos, enxerga o tucano, bicho que nessa segunda-feira (6) segurou pela primeira vez. Totalmente cego desde que nasceu, ele garante que não precisa dos olhos para saber como é a beleza da natureza. "É um mundo incrível, encantador, que eu vejo com as mãos. Achava que o tucano era um pouco maior do que isto, mas agora eu vi como ele é de verdade", disse Mais
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Nessa segunda-feira (6), 12 alunos do Centro Educacional Setor Leste, uma escola pública de Brasília, participaram de uma visita guiada ao zoológico, por meio do Projeto Zoo Toque Mais
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O professor Renato Soares, um dos que acompanharam o grupo, explicou que conhecer de perto os animais, principalmente os selvagens, entender o local onde vivem, do que se alimentam e observar suas dimensões enriquece o processo de aprendizagem, estimulando o interesse e aguçando a curiosidade dos alunos. Segundo ele, exatamente da forma como ocorre com qualquer estudante Mais
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Em visita ao zoo, alunos com deficiência visual do Centro Educacional Setor Leste de Brasília puderam conhecer diversos animais, ao tocarem aves e mamíferos Mais
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Nessa segunda-feira (6), 12 alunos do Centro Educacional Setor Leste, uma escola pública de Brasília, participaram de uma visita guiada ao zoológico, por meio do Projeto Zoo Toque Mais
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Além do tucano e da arara-canindé, recuperados do tráfico de animais e condicionados desde pequenos para não se assustarem com o toque das pessoas, os alunos do grupo também conheceram o elefante, o hipopótamo e a girafa Mais
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Além do tucano e da arara-canindé, recuperados do tráfico de animais e condicionados desde pequenos para não se assustarem com o toque das pessoas, os alunos do grupo também conheceram o elefante, o hipopótamo e a girafa. Com ajuda de monitores, os alunos alimentaram a girafa Mais
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Para Jéssica Gomes, de 19 anos, o que mais chamou a atenção foi a fome do hipopótamo. "A gente dava comida e ele sempre abria a boca de novo. Que bicho faminto", disse a jovem, que já tinha visitado o zoológico com a família, mas pela primeira vez alisou o pelo dos bichos. "Achei o pelo dele gelado e molhado. Deu um nervosinho, mas foi muito gostoso", contou Mais
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O professor Renato Soares explicou que, para orientar a observação, são feitas comparações com elementos já conhecidos pelos adolescentes. Para ajudá-los a compreender o tamanho do elefante, por exemplo, o professor disse que era quase como uma van. "Eles podem não enxergar com os olhos, mas enxergam com os outros sentidos e veem tudo, só que da maneira deles", acrescentou Mais
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O tucano e a arara-canindé foram recuperados do tráfico de animais e condicionados desde pequenos para não se assustarem com o toque das pessoas Mais
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Ao longo de todo o ano, esses alunos farão visitas mensais ao zoológico. Na programação, desenvolvida por biólogos, zootecnistas e educadores ambientais da instituição, estão incluídas noções de fisiologia animal e de conscientização ambiental, além de observação do borboletário e do serpentário. A cada ano, o zoológico firma parceria com uma escola para desenvolver o projeto Mais
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A coordenadora da iniciativa, Marcelle de Castro, explicou que o zoológico conta com estrutura para receber pessoas com deficiência em qualquer dia da semana, mas enfatizou que para visitas orientadas é preciso fazer agendamento prévio por meio do telefone (61) 3445-7013 Mais