Veja histórias dos afetados pelo descredenciamento da Gama Filho e da UniverCidade

Arquivo pessoal
De auxiliar de biblioteca a ajudante de pedreiro "para não passar fome". Essa é a atual realidade de Pedro Paulo Boa Hora, funcionário da Universidade Gama Filho. Com o descredenciamento da instituição e da UniverCidade, ambas controladas pelo Grupo Galileo, muitos empregados enfrentam dívidas, confisco de bens e outras dificuldades por causa da falta de pagamento. Pedro Paulo tem 56 anos, é cardíaco e agora auxilia em uma obra na casa de seu sobrinho, que o contratou para ajudar o tio. Pedro trabalhava há 18 anos na Gama Filho, 12 deles na biblioteca da instituição Mais
Arquivo Pessoal
O formando de fisioterapia Victor Quartim Nobre, 26, tem uma oportunidade de curso e de trabalho fora do Brasil. No entanto, pode ter seus planos cancelados se não conseguir pegar o diploma na UGF (Universidade Gama Filho), descredenciada neste mês pelo MEC (Ministério da Educação). Assim como outros universitários, o rapaz terminaria sua graduação em dezembro do ano passado e não sabe quando conseguirá obter o documento oficial Mais
Arquivo Pessoal sobre Paulo Campos/Futura Press/Estadão Conteúdo
Aluno da Universidade Gama Filho, Thiago Valentim, 23, passou no Exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em 2013, mas ainda não sabe quando poderá advogar. Assim como ele, outros estudantes da instituição foram aprovados na prova --requisito obrigatório para quem quer se tornar advogado--, só que não receberam os documentos que comprovam a conclusão do curso. A instituição foi descredenciada neste mês pelo MEC (Ministério da Educação) Mais
Arquivo Pessoal sobre Ariel Subirá/Futura Press/Estadão Conteúdo
"Falta comida em casa para mim e minhas filhas. Estamos passando aperto mesmo". A frase da auxiliar de biblioteca Elizabeth Alves da Silva resume a situação financeira extremamente delicada que ela passou a viver após o fim da UniverCidade, descredenciada em janeiro pelo MEC. Sem receber salários desde outubro, a moradora do bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, passou a viver de bicos: "Faço serviços de costura e faxina. Se tiver que tomar conta de alguém, eu tomo. Qualquer coisa ajuda a sobreviver" Mais
Montagem Arquivo Pessoal
Célia Nascimento, funcionária da UniverCidade, não recebe salários desde outubro do ano passado, quando o MEC começou a supervisionar a instituição --três meses depois, a UniverCidade foi descredenciada. Moradora de Realengo, na zona oeste do Rio, a inspetora de alunos diz depender do marido --que trabalha como cobrador de ônibus e ganha cerca de R$ 900. Além da situação financeira extremamente delicada, Célia ainda viu o filho perder a bolsa de estudos na UniverCidade, onde ele cursava o quarto semestre de análise de sistemas e está sem diploma, já que ela também cursava pedagogia na instituição Mais
Fernando Maia/UOL
Um grupo de estudantes do curso de engenharia da produção da Universidade Gama Filho, RJ, decidiu ajudar alguns funcionários que estão com dificuldades financeiras. Deise de Souza, 48, foi uma das beneficiadas. Ela trabalhou durante 26 anos na biblioteca da universidade e não recebe salário há três meses. Mais
Ariel Subirá/Futura Press/Estadão Conteúdo
Alunos bolsistas da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, controladas pelo Grupo Galileo, passam por momento turbulento de suas vidas por conta do descredenciamento das instituições pelo MEC (Ministério da Educação). "Com essa transferência assistida, eles não garantem grade curricular, valor da mensalidade nem localidade da nova faculdade. Tratam a gente como lote, como se fôssemos um monte de gado. Somos estudantes", criticou a aluna Barbara Muniz. Casada, ela conta que postergou o plano de ter filhos por causa da situação: "Até isso a faculdade me tirou, não sei nem quando poderei fazer isso" Mais
Ariel Subirá/Futura Press/Estadão Conteúdo
Sem receber salários desde outubro, professores da Universidade Gama Filho e da UniverCidade precisam fazer "malabarismos financeiros" para manter as contas da casa. Docentes relatam a necessidade de empréstimos, o corte de gastos em casa, e até casos de venda de automóvel e de leilão de apartamento por recorrentes atrasos nos salários, pagamentos parciais e falta de depósito do FGTS (fundo de garantia). "Eu tive que entrar em empréstimos. Estamos em uma situação de malabarismo, deixa de pagar uma coisa, pega um empréstimo para pagar outra", explica José Abramovicz, professor de design da UniverCidade desde 1982. "Estamos no limbo porque tiraram nossa força de barganha que era nossa força de trabalho", alarma-se o docente Mais
Arquivo Pessoal
As 18 lojas que funcionavam no Shopping Gama Filho, situado dentro do campus da Universidade Gama Filho no bairro de Piedade, na zona norte do Rio de Janeiro, encerraram ou suspenderam as suas atividades em razão do descredenciamento da instituição, anunciada no mês passado pelo MEC. O relato é da comerciante Regina Moreira, 47, que administrava uma cafeteria no local. "Quem dependia daquilo está falido. (...) Eram 18 lojistas, e quem não fechou a empresa teve que suspendê-la porque o shopping foi fechado." Mais
Reprodução/Facebook
"Era para eu estar com a prótese [dentária] desde o Natal. Mas aí a faculdade entrou em greve e depois foi descredenciada, e eu fiquei sem saber o que iria acontecer. Não me falaram nada. (...) Ainda continuo nessa angústia, mas eu vou até o fim. Ou eles me dão os dentes ou me dão o dinheiro", disse Leda Leda Ramos, 72, que utilizava o serviço de odontologia da Gama Filho. Além dele, a instituição oferecia serviços sociais como o CIS (Centro Integrado de Saúde) --que atendia pacientes em geral, exceto casos de emergência--, a Cenut (Clínica Escola de Nutrição), a Clínica Escola de Fisioterapia, o SPA (Serviço de Psicologia Aplicada), entre outros. Com o descredenciamento da UGF, todos os serviços deixaram de existir. Mais
UOL
"Quando vi que a universidade não estava bem, que corria o risco de falir, comecei a me inscrever no vestibular", diz a estudante Cristal Dias, 23, que cursou um ano e meio de engenharia civil na Universidade Gama Filho e agora será caloura do mesmo curso na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Mais
Zulmair Rocha/UOL
"Recebi o boleto para pagar a primeira mensalidade de 2014 e paguei. Agora minha filha não tem aula e nem faculdade tem mais", afirma o ex-árbitro Léo Feldman, que participou de um protesto dos alunos e funcionários da UGF e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), na última quinta-feira (6), e até pintou o rosto Mais
UOL
"Perdi todos os meus dados. Eu estava super adiantada, mas não poderei reutilizá-los. Terei que começar tudo praticamente do zero. Perdi tempo, perdi o ano todo", relatou Thais Melo, estudante de mestrado da Gama Filho, sobre sua pesquisa de quase um ano Mais