Antônio dos Santos Torres cursou Seminário, ordenando-se padre em 1908. Em 1911, depois de atritos provocados por artigos que escreveu, colocando-se contra a catequese de índios por sacerdotes estrangeiros, abandona a batina.
Passa, então, a colaborar ativamente na imprensa carioca (
O País,
Correio da Manhã,
Gazeta de Notícias,
Revista ABC e
A Notícia) e paulista (
A Gazeta), tornando-se um dos mais veementes polemistas da imprensa brasileira.
Antônio Torres também atuou na carreira diplomática, servindo como cônsul em Londres, Berlim e Hamburgo.
Grande polemista
Como polemista, seus alvos principais eram a colônia portuguesa, o jornalista Paulo Barreto, o poeta Hermes Fontes, entre outros. Em
As razões da Inconfidência (1925), descreveu o quadro da exploração a que os portugueses submeteram o Brasil.
Apesar de não ter participado do
Modernismo, Antônio Torres contribuiu para desmoralizar os
parnasianos e passadistas. Segundo Alfredo Bosi, "foi temperamento virulento e polêmico, de fundo moralista, no mais amplo sentido da palavra: daí sua prosa de historiador e de cronista, que persegue, no fato diário, as contradições e fragilidades da sociedade carioca da época".
Seus livros de maior sucesso foram:
Verdades indiscretas (1920),
Pasquinadas cariocas (1921),
Prós e contras (1922),
As razões da Inconfidência (1925), etc.
Ainda segundo Alfredo Bosi, "quando Antônio Torres transcende o episódico, é escritor de primeira plana".
Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira; Enciclopédia Mirador Internacional
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