Filho de um deputado socialista, Berlinguer foi, de 1940 a 1956, secretário-geral da Federação Juvenil Comunista italiana e, de 1950 a 1953, também presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática (de orientação comunista). Pouco tempo depois, passou a ocupar cargos de responsabilidade no Partido Comunista de Itália (PCI). Membro de seu executivo a partir de 1959, em 1966 ingressou no órgão máximo de decisão do partido e em 1972 sucedeu a Luigi Longo como líder do partido (cargo que ocupou até 1984). Berlinguer foi mudando ideologicamente até recusar o modelo soviético e o papel dirigente do PC da URSS. Como um dos principais representantes do chamado eurocomunismo, defendeu um "compromisso histórico" entre os comunistas e os democratas-cristãos, que ocupavam o poder (com os quais, no entanto, não conseguiu chegar a um acordo). Depois disso, deu corpo à "Alternativa Democrática", aliança do partido comunista com as demais forças da esquerda italiana.