Chanceler da Alemanha
de 1982 a 1998

Helmut Kohl

3-4-1930, Luswigshafen​





Autor Do Klick Educação




A reunificação alemã, em 1990, significou para Kohl, o chanceler que mais anos permaneceu no poder em seu país (desde 1986), o ápice de sua trajetória política, pois se tornou o primeiro chanceler da Alemanha reunificada. Iniciou a sua carreira política em 1959, no estado da Renânia-Palatinado, como deputado da Democracia Cristã (CDU), após estudos de História, Direito e Economia. Assumiu a presidência de seu grupo parlamentar em 1963, cargo que exerceu até 1969. Em 1965, substituiu Rainer Barzel na presidência da CDU e, de 1966 a 1974, foi presidente do estado da Renânia-Palatinado. Em 1976, tornou-se deputado do Parlamento Federal e líder da oposição do grupo parlamentar conjunto da CDU e da CSU. Após a ruptura, em 1974, da coligação entre socialistas e liberais, liderada por Helmut Schmidt, no poder desde 1969, Kohl tornou-se chanceler, em 1982, pela coligação formada pelos partidos CDU/CSU e FDP. Após as eleições de 1983, 1987 e 1990 (as primeiras da Alemanha unificada), todas elas ganhas pela coligação, foi reeleito em 1994. Conseguiu sobreviver à perda de popularidade graças à sua consciência especial do poder e a seu instinto político. Empenhado numa "mudança moral", Kohl assentou as bases de sua gestão, devido aos problemas econômicos e estruturais do país, no saneamento das finanças públicas e no estímulo ao investimento privado, assim como nas reformas sociais e na perda de peso do setor público. No entanto, não conseguiu ultrapassar nem a mais grave crise econômica da história da República Federal da Alemanha (1992-1995), agravada pela situação nos estados do leste, nem o desemprego maciço, que em 1993 atingia 2 milhões de pessoas e, entre 1996 e 1997, ultrapassou a barreira dos 4 milhões. O rearmamento previsto pela Otan causou uma onda de protestos no interior, mas acabou por se efetivar em 1993. Por outro lado, em estreita sintonia com o presidente francês, François Mitterrand, conseguiu fazer avançar a União Européia e, junto com o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Hans-Dietrich Genscher, apoiou o processo de mudanças na União Soviética, liderado por Mikhail Gorbachov. Deu mostras de senso de poder ao aproveitar a oportunidade histórica que a reunificação lhe proporcionava, mas ao desmoronamento político da RDA, em 1989, seguiu-se a crise monetária, econômica e social de 1990. Nesse ano, assistiu-se à declaração de soberania da Alemanha unificada (conseqüência do acordo "dois mais quatro" de 12 de setembro de 1990), o que implicou a união administrativa de ambos os países, por meio da entrada dos estados da RDA na República Federal da Alemanha, em 3 de outubro de 1990. Kohl procedeu desde então ao complicado processo de unificação econômica e social da Alemanha, ainda inacabado. Apesar da falta de perspectivas para uma solução consensual e pacífica dos problemas econômicos e sociais e do desemprego, que atingiu os valores mais altos registrados na história da República, Kohl decidiu apresentar de novo a sua candidatura nas eleições de 1998 perdendo para Gerhard Schroeder, líder do Partido Social-Democrata.

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