Li Peng foi adotado, em 1939, por Zhou Enlai, tornando-se seu protegido político. Engenheiro e tecnocrata especialista em energia, adquiriu experiência de governo à frente do ministério da Energia (1979-1985) e na Comissão Central para a Educação (1985-1987). Em 1985, entrou para o Politburo e, em 1987, para a comissão permanente do Comitê Central do Partido Comunista chinês, chegando ao terceiro posto na hierarquia do poder, antes de Deng Xiaoping e Zhiang Zemin. Em 1988, sucedeu a Zhao Ziyang (primeiro-ministro entre 1980 e 1987). Dirigiu com rigor a modernização e reestruturação da economia na China, abrindo o país ao capital estrangeiro. Apesar disso, é um dos ideólogos mais ortodoxos do partido. Foi um dos responsáveis pela chacina da Praça da Paz Celestial (Tiannanmen) em Pequim, nas manifestações do Movimento Democrático, em 1989, seguida da depuração no centro do partido e da perseguição sistemática dos dissidentes. Em setembro de 1997, após a morte de Deng, o Congresso do Partido designou Li Peng presidente do Parlamento.