Santo Anselmo Teólogo e filósofo italiano
1033, Aosta (Itália)
21 de abril de 1109, Canterbury (Inglaterra)
Apesar de ter nascido em uma família nobre, Anselmo - também conhecido como Anselmo de Aosta ou Anselmo de Cantuária - optou pela vida monástica. Antes de entrar para o mosteiro beneditino Sainte-Marie du Bec-Hellouin, em 1060, esteve em Lyon, Cluny e Avranches.
Tomou votos monásticos em 1061 e tornou-se prior em 1066, transformando o monastério de Bec um importante centro de aprendizado monástico. Anselmo, aliás, foi um dos maiores latinistas de seu tempo.
Movido pelos interesses que seu monastério tinha na Inglaterra, Anselmo visitou esse país inúmeras vezes, ganhando a simpatia dos reis Guilherme 1º, o Conquistador, e Guilherme 2º, o Ruivo. Instado pelos reis, aceitou a nomeação para o arcebispado de Canterbury (Cantuária), com o objetivo de reformar a Igreja na Inglaterra.
No entanto, Anselmo recusou-se a ser consagrado até que Guilherme 2º reconhecesse o papa Urbano 2º, então contestado pelo antipapa Clemente 3º. Depois de consagrado, voltou a ter desavenças com o rei, que insistia novamente em não reconhecer o papa. Anselmo abandonou a Inglaterra, só retornando depois que o rei foi assassinado.
Após um período de boas relações com o filho de Guilherme, Henrique 1º, Anselmo foi exilado, pois não aceitava que o rei investisse os prelados com a insígnia espiritual. Mas seus últimos anos foram de paz no cargo.
Pai da escolástica
Anselmo acreditava na capacidade da razão para investigar os mistérios divinos e propunha a prova ontológica da existência de Deus: se temos a ideia de um ser perfeito e se a perfeição absoluta existe, o ser perfeito logo existe. Para ele, todas as verdades cristãs eram filosoficamente demonstráveis.
Anselmo é chamado de "pai da escolástica" por causa de suas colocações, defendidas posteriormente pelos filósofos escolásticos medievais. Foi canonizado em 1163 - e em 1720 foi declarado doutor da Igreja pelo papa Clemente 11º.
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