Um a cada quatro calouros que se matriculam em universidades do Sisu é de outro Estado
Da Redação*
Em São Paulo
Segundo estimativas do MEC (Ministério da Educação) e de representantes das 51 instituições federais de ensino superior que participaram do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), 25% dos alunos que se matricularam em vagas oferecidas pelo sistema eram de outro Estados. No período anterior à criação do Sisu, o percentual de alunos que estudavam fora do Estado de origem era de 1%. Em algumas instituições, o percentual de alunos de outros Estados matriculados ficou perto de 50%.
Para o MEC, o aumento na mobilidade acadêmica é um dos resultados positivos do Sisu. “É um grande avanço. A gente rompe uma tradição brasileira de baixíssimos índices de mobilidade. Os alunos estão conhecendo outras universidades, se deslocando pelo país. E essas universidades também ganham recebendo alunos de outros lugares”, afirmou a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci.
A reitora da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), Malvina Tuttman, ratifica a opinião da pasta. “O sistema único permite uma democratização maior porque o aluno pode escolher qual universidade quer cursar em qualquer local do país", diz Malvina.
Outro ponto a favor do sistema, segundo alguns representantes, é a "publicidade" que suas instituições obtiveram. "Como somos uma universidade nova, tínhamos muita evasão para a USP (Universidade de São Paulo) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Hoje, caso sobrem vagas, temos na lista de espera 3.720 nomes, ou seja, há grande probabilidade de preenchê-las", afirmou Derval dos Santos Rosa, pró-reitor de graduação da UFABC (Universidade Federal do ABC). Malvina, da Unirio, concorda: "Muitas universidades tiveram uma procura muito maior do que em processos seletivos anteriores”.
MEC diz que federais estão interessadas em se manter no Sisu
Segundo Maria Paula, todas as 51 instituições federais confirmaram a intenção de continuar participando do Sisu na sua próxima edição, com data ainda indefinida. Nas próximas semanas serão realizadas novas reuniões com representantes das instituições para ampliar a participação e avaliar as etapas do Sisu.
“O processo teve alguns percalços e vai ser constantemente aprimorado porque ele realiza algumas aspirações históricas em relação ao acesso à educação superior no Brasil”, defendeu Maria Paula.
Para atender os alunos que vêm de fora, Maria Paula destacou que nos últimos ano o MEC quase dobrou a verba de assistência estudantil que é repassada às universidades. Em 2010, o orçamento foi de R$ 300 milhões.
Problemas com lista de espera
O MEC (Ministério da Educação) alterou o resultado da lista de espera do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), divulgado no último domingo (14). Com isso, estudantes que constavam como aprovados, verificaram posteriormente que não haviam passado e estão revoltados com a situação.
De acordo com o ministério, uma determinação da Justiça fez com que fossem incluídas matrículas extras no sistema, após a publicação do resultado, às 14h20 do domingo. Estes registros teriam diminuído a oferta de vagas em cada instituição e eliminado vestibulandos anteriormente aprovados. Ainda não há levantamento de quantos estudantes tiveram a aprovação "cancelada".
Candidatos que perderam a vaga no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) após a alteração do resultado da lista de espera, ocorrida no último domingo (14), pretendem acionar a Justiça para garantir a graduação, caso não sejam convocados nas próximas chamadas.
De acordo com a secretária da Sesu (Secretaria de Educação Superior), Maria Paula Dallari Bucci, a maioria dos casos devem ser resolvidos nas próximas listas de espera.
*Com informações da Agência Brasil
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