Manifestações marcam abertura da Conferência Nacional de Educação
Em meio a manifestações, foi aberta nesse domingo (28) a Conae (Conferência Nacional de Educação), cuja principal missão é traçar diretrizes para o próximo Plano Nacional de Educação que vai vigorar de 2011 a 2020. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, os delegados que estarão na conferência até quinta-feira (1º) deverão definir as diretrizes do futuro plano e os parâmetros de investimentos.
“O próximo plano não pode se fixar em metas meramente quantitativas. Não adianta apenas atender. É preciso atender bem, é preciso ter qualidade”, afirmou, ressaltando a importância de se pensar nos meios que possibilitarão o financiamento da educação.
Antes da abertura, as manifestações couberam a alunos, professores e funcionários da UnB (Universidade de Brasília) e, durante a cerimônia, aos servidores efetivos do MEC (Ministério da Educação). Enquanto Haddad falava com a plateia, foram mostradas no auditório faixas levadas por integrantes do Movimento de Valorização dos Trabalhadores em Educação (Movate MEC) reivindicando um plano de carreira para a categoria.
O ministro defendeu o piso nacional do magistério e reconheceu que além dele, é preciso aprovar um plano de carreira. “Acho justo quando dizem que é difícil atingir metas de qualidades sem ter os meios”, comentou.
Haddad disse ainda em seu discurso que uma das grandes conquistas da área educacional nos últimos anos é a consciência dos gestores de que é preciso investir amplamente, sem focar apenas na educação infantil ou superior, como já ocorreu. “Um dos méritos é tomar a educação a partir de uma visão de conjunto. Se queremos levar a educação a sério, é da creche à pós-graduação”.
O ministro destacou a entrada da educação no Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), que será lançado hoje (29) pelo governo.
Cerca de 3 mil pessoas, entre gestores, representantes de movimentos sociais, acadêmicos e profissionais da educação, devem participar da Conae, que terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (31).
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