MEC libera consulta a locais de prova do novo Enem para prejudicados por caderno amarelo
O MEC (Ministério da Educação) liberou nesta quarta-feira (8) a consulta aos locais da nova prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para os prejudicados pelos erros no caderno amarelo. Até 10 mil testes podem ser reaplicados.
As provas acontecem no dia 15 de dezembro, uma quarta-feira, a partir das 13h, na cidade onde o estudante fez a primeira prova. O MEC vai avisar até sexta-feira os candidatos que tiverem direito de refazer o exame.
Para acessar o sistema, é necessário usar CPF e a senha de cadastro do sistema.
Última contagem
Apesar de dizer que pode aplicar até 10 mil provas, a última contagem do MEC indicava 2.817 inscritos com problemas -- o critério para refazer a prova é que o candidato tenha tido o problema registrado na ata da sala de prova no dia do exame. O Enem foi aplicado em 116.626 locais de prova. Segundo informações do MEC, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) está "cobrando do consórcio uma revisão efetiva das atas".
Apenas 3 casos em SP
Em São Paulo, há registro de apenas três casos (dois em Itaquaquecetuba e um em Ourinhos). O Estado tinha a maior quantidade de inscritos, 829.751. Os Estados com maior número de casos de problemas com os cadernos amarelos são Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais.
A nova prova que será realizada pelos prejudicados pelos problemas com o caderno amarelo no dia 15 é a mesma que será aplicada para 17.500 detentos, em 750 estabelecimentos penais em todo o país. Os detentos fazem exame também no dia 16.
Inscritos que se sentiram prejudicados e não foram atendidos pelas alternativas oferecidas pelo MEC podem recorrer à Justiça. A Defensoria Pública prometeu ajuizar uma ação de indenização.
Problemas
Estudantes encontraram questões duplicadas e com ordem trocada no caderno amarelo do exame. Após a questão 29, em vez de vir a de número 30, vinha a 33. A candidata Nohara Matos, 20, de Palmas (TO), conta que teve que fazer a conferência de sua prova com outro caderno de prova. O governo confirmou a existência desses erros em alguns lotes. A gráfica RR Donnelley, responsável pela impressão das provas do Enem afirmou que o defeito identificado nos cadernos amarelos está dentro da "normalidade técnica".
O gabarito da prova do sábado também teve o cabeçalho invertido. A prova apresentava as questões divididas entre ciências da natureza e de ciências humanas. O caderno de respostas tinha a mesma divisão de área, mas com ordem trocada. O Inep abriu a possibilidade de que os alunos requeressem a correção invertida do gabarito.
Houve também denúncia de vazamento da prova em Juazeiro. Uma fiscal de prova teve acesso a parte da proposta de redação. Em depoimento de confissão, a professora afirmou que o filho ficou sabendo do texto motivador. A história foi denunciada por um professor de um curso preparatório de Petrolina (PE), cidade vizinha a Juazeiro, a uma emissora de TV da região. Segundo ele, um grupo de estudantes o procurou horas antes do início das provas contando que sabiam qual era o tema da redação. O MEC eliminou o rapaz do Enem e os pais podem ser condenados a até seis anos de reclusão.
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