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Após pancadaria no Ceará, deputados aprovam pagamento de piso para professores

Aliny Gama<br>Especial para o UOL Educação

Em Maceió

29/09/2011 17h33Atualizada em 29/09/2011 18h28

Após o confronto entre professores e a polícia, deputados da Assembleia Legislativa do Ceará aprovaram o reajuste salarial dos docentes estaduais de nível médio, na tarde desta quinta-feira (29), para R$ 1.187. Apesar da equiparação salarial ao piso nacional, os professores continuam acampados no prédio da casa legislativa e planejam uma assembleia geral, às 8 horas da manhã desta sexta-feira (30), para traçar novos rumos da manifestação. Três professores estão em greve de fome.

Segundo o APEOC (Sindicato dos Professores e Servidores no Estado do Ceará), a manifestação pressiona para que o cumprimento do piso nacional ocorra também para os professores que têm graduação e pós-graduação, como especialização, mestrado e doutorado.

Professores entram em confronto com PM no Ceará

De acordo com o secretário geral do APEOC, Juscelino Linhares, a matéria aprovada pela maioria dos deputados achatou de 14 para 10 o número de níveis no Plano de Cargos e Carreiras da categoria. “Essa aprovação do jeito que foi votada e aprovada só vem a fortalecer nosso movimento, pois continuaremos a greve. Não vamos aceitar esse achatamento dos níveis e a falta de contemplação dos demais professores da categoria. São poucos professores que têm nível médio e a grande maioria é graduado e pós-graduado”, disse Linhares, lamentando a forma que o Batalhão de Choque tentou dissipar a manifestação dos professores ocorrida nesta manhã.

“Imploramos que a votação não ocorresse, mas apenas quatro deputados foram solidários com a causa e a matéria foi aprovada. Não tinha como ter sangue frio de ver a votação e não tentar invadir o plenário. Não poderíamos deixar aquilo acontecer, mas apesar da nossa manifestação pacífica, porque somos educadores acima de tudo, fomos recebidos com truculência”.

Segundo Linhares, dois professores tiveram de receber atendimento médico e um deles está internado no Instituto José Frota com suspeita de fratura no crânio. “Muitos professores foram atingidos com spray de pimenta e dois saíram muito machucados”, completou.