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Confronto em ato de professores deixa 150 feridos no Paraná

Do UOL*, em São Paulo

29/04/2015 17h05Atualizada em 29/04/2015 18h17

Cerca de 150 manifestantes ficaram feridos durante confronto com a Polícia Militar no Centro Cívico da capital paranaense, nesta quarta-feira (29), afirma a Prefeitura. Dentre os feridos, 35 pessoas que precisavam de atendimento médico foram encaminhadas a hospitais, principalmente o Hospital Cajuru. 

Os professores da rede estadual e servidores em greve do Estado protestam contra o projeto de lei Paraná Previdência, que foi aprovado em primeira sessão na segunda-feira (27) por 31 votos a 21. A segunda votação que promete mudanças na previdência dos servidores foi marcada para esta quarta-feira (29) por Nelson Justus (DEM), presidente da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania).

O confronto começou por volta das 15h, no Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa, quando os deputados estaduais começaram a sessão para votar um projeto de lei (PL) que altera a previdência estadual.  A Polícia Militar usou bombas de gás, balas de borracha e jatos de água para dispersar os manifestantes. Os professores recuaram, mas os policiais continuaram jogando bombas de efeito moral. Agora o confronto acabou, mas os professores continuam protestando no Centro Cívico.

Crianças estão sendo retiradas das escolas da região. “Algumas delas passavam mal em decorrência do gás lacrimogêneo usado pelas forças policiais na Praça Nossa Senhora de Salete [que fica em frente a Assembleia Legislativa do Paraná] para afastar os manifestantes”, informou em nota.

“No saguão da Prefeitura, onde dezenas de pessoas entraram para buscar abrigo, o cheiro de vinagre, usado para amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo, era muito forte”, acrescentou.

Por meio do Facebook, a direção do Sindicato dos Professores do Paraná disse que os manifestantes estão fora do perímetro estabelecido pela polícia, em frente ao prédio da prefeitura. O governo do Paraná ainda não se pronunciou sobre o confronto.

Os professores da rede estadual do Paraná retomaram greve a partir de segunda-feira (27). Os profissionais rejeitaram a proposta de reestruturação da previdência e exigem reajuste salarial de 13%.

As pautas definidas durante assembleia realizada por professores e servidores púbicos do Paraná no último sábado (25), em Londrina, elenca uma série de reivindicações, tais como índice para o data-base de cerca de 8% para este ano, retroativo de 13,01% referente a janeiro de 2015 e enquadramento dos aposentados ao nível II da carreira.

*Com informações da Agência Brasil e Agência Estado