Alunos acampam em escola estadual de Diadema contra a reorganização da rede
Um grupo de 20 estudantes ocupa o prédio da Escola Estadual Diadema, localizada no centro de Diadema, desde as 19h de segunda-feira (9). Os alunos são contra a reorganização escolar da rede estadual de São Paulo. O governo quer ampliar o número de escolas com ciclo único, ou seja, apenas com alunos do fundamental 1, fundamental 2 ou ensino médio.
"Nós passamos a noite na escola e vamos continuar até obter um retorno do governo [do Estado]", explica uma aluna de 16 anos, que cursa o segundo ano do ensino médio. A decisão foi tomada em uma assembleia de estudantes realizada na noite de ontem.
A escola ocupada será atingida pela reorganização e passará a receber somente alunos do ensino fundamental.
De acordo com a estudante, as turmas do ensino fundamental funcionaram normalmente nesta terça (10). Já o ensino médio está sem aula desde ontem.
"Nosso objetivo é chamar a atenção do governo e obter uma resposta positiva. Nós estamos organizados pacificamente e temos o direito de ocupar o espaço público", explica a porta-voz do grupo. "Queremos o fim dessa reorganização escolar. Já temos um abaixo-assinado com 10 mil assinaturas e estamos participando das manifestações."
Paulo Cézar de Souza é professor de história e também participa da ocupação. Ele conta que a diretoria de ensino chegou a se reunir com os professores e estudantes. "Eles disseram que nada vai mudar, que a reorganização vai acontecer", explica.
Segundo Souza, alguns professores estão apoiando o protesto, mas a organização do movimento é inteiramente dos alunos. "Foram eles quem foram até a Câmara de Vereadores para convocá-los e também até a Alesp [Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo]", conta Paulo.
"Já passei a noite de ontem e vou continuar. Não é só pela situação daqui e, sim, pelo todo. Estamos lutando contra a destruição das escolas públicas de São Paulo".
Ocupação em São Paulo
Na manhã desta terça, alunos ocuparam a Escola Estadual Fernão Dias, na zona oeste de São Paulo. Eles também são contra a reorganização da rede. No caso da escola paulistana, policiais militares cercaram o prédio.
A secretaria de Educação, por meio de nota, lamentou o incidente.
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