UFPB demite funcionários que teriam se recusado a servir comida estragada
Estudantes da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) denunciaram na última quarta-feira (16), nas redes sociais, que seis funcionários do restaurante universitário teriam sido demitidos após questionarem atraso salarial. Segundo as postagens feitas no grupo público "UFPB", no Facebook, outro motivo para a demissão dos funcionários teria sido o fato de eles se recusarem a servir comida estragada aos alunos cadastrados para receber as refeições.
As denúncias foram afixadas em cartazes nas dependências do restaurante, que fica no campus I da instituição, em João Pessoa. No Facebook, um dos relatos diz: “Deixei de comer no RU desde o dia da barata nos copos, em que um funcionário mesmo sendo avisado não deu a mínima. Então pensei...se agem assim com tantas pessoas vendo, imagina nas entranhas dessa caverna chamada RU".
O coordenador do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFPB, Gabriel Aaron, afirmou que as denúncias relativas ao RU já vêm sendo feitas há algum tempo e que o DCE abriu uma comissão para investigar o caso. “Um grupo de estudantes de direito, gestão pública e administração foi formado para analisar os contratos. A partir daí vamos levantar quais os problemas e fazer denúncia junto ao Ministério Público”, explicou.
Para o superintendente do Sistema de Restaurante Universitário da UFPB, Antônio Luiz Albuquerque, as denúncias não têm fundamento. “A gente desconhece qualquer reclamação sobre comida estragada no restaurante. Sempre que alguma coisa desse tipo acontece, encaminhamos uma amostra da comida para análise, mas de forma alguma recebemos queixas dessa natureza nos últimos dias”, afirmou.
Em relação à denúncia de que seis funcionários foram demitidos porque reclamaram de atraso nos salários, o superintendente explicou que a UFPB não tem vínculo direto com os funcionários, já que o fornecimento de refeições é feito por uma empresa terceirizada. “A universidade não tem gerência alguma sobre os funcionários. O que importa é a contratação das refeições, e isso vem sendo garantido”, declarou.
O superintendente disse que a nota fiscal entregue pela empresa mensalmente mostra que não há débitos trabalhistas, contudo, ele revelou que tomou conhecimento de que os salários que deveriam ter sido pagos até o quinto dia útil deste mês só foram feitos na última quarta-feira (16). Nesse mesmo dia, funcionários paralisaram as atividades por algumas horas no restaurante.
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