Primeiro suspeito a depor incrimina servidora da UFPR por bolsa irregular
Primeiro dos 29 presos suspeitos de participar de esquema de fraudes em concessão de bolsas de pesquisa na UFPR (Universidade Federal do Paraná) a depor à Polícia Federal nesta quarta-feira, o advogado Arthur Constantino da Silva Filho disse ter recebido o dinheiro como remuneração por serviços de consultoria prestados a uma das servidoras da instituição que também foram detidas. Ele diz ter provas.
Constantino, suspeito de receber R$ 17.400 como bolsa-auxílio a pesquisador da UFPR entre junho de 2013 e maio de 2014, disse nunca ter tido qualquer vínculo com a universidade. Também relatou jamais ter usado a plataforma Lattes, em que cientistas devem manter currículos atualizados para se habilitarem como candidatos a cursos de pós-graduação e a bolsas de pesquisas.
O suspeito, que mora em Campo Grande (MS), onde foi preso, disse ter sido procurado por um irmão de Conceição Abadia de Abreu Mendonça, chefe da Seção de Controle e Execução Orçamentária da Pró-Reitoria de Pesquisa e PósGraduação da UFPR. Ela também foi presa hoje, e teve seu afastamento das funções pedido em caráter de urgência pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba.Constantino disse que o irmão da servidora pediu para que ele resolvesse pendências jurídicas de um imóvel que pertenceria à família em Campo Grande, e que apenas R$ 2 mil do total que recebeu seriam seus honorários --o restante teria sido usado para cobrir despesas com impostos e custos judiciais.
À Polícia Federal, Constantino disse não conhecer nenhum dos outros 26 beneficiados com o pagamento irregular de bolsas de pesquisa, mas afirmou conhecer pessoalmente a ex-servidora, com quem teria se reunido pessoalmente. Ele disse que irá fornecer à Polícia Federal e-mails que relatou ter trocado com ela, que comprovariam sua versão.
Conceição Abadia de Abreu Mendonça, presa nesta quarta-feira junto com outra servidora da UFPR, ainda não constituiu advogado.
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