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Enem tem mais de 6,5 milhões de inscritos; nº é inferior ao do ano passado

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

20/05/2017 13h24Atualizada em 07/11/2017 21h23

As inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2017 terminaram às 23h59 dessa sexta-feira (19). Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), até as 15h mais de 6,5 milhões pessoas se inscreveram para o exame. O órgão, no entanto, não informou o volume total de inscrições efetuadas até o fim do dia.

O Inep esperava que 7,5 milhões de pessoas participassem do Enem neste ano. Os dados consolidados serão divulgados no próximo dia 30 de maio.

O número é inferior ao do ano passado, quando mais de 9,2 milhões de pessoas efetuaram a inscrição no site do Inep, a segunda maior incidência de inscrições desde que o Enem foi criado, em 1998. Em 2014, o recorde: 9,5 milhões de inscritos. O exame, no entanto, teve 8,6 milhões de participantes, já que muita gente deixou de confirmou a inscrição por meio do pagamento da taxa, que era de R$ 68.

Este ano, os candidatos precisam desembolsar R$ 82, que devem ser pagos até o dia 24 de maio.

A redução no volume de inscrições já era esperada pelo Inep. É que este ano o exame deixou de ter como uma das suas finalidades a obtenção do certificado de conclusão do ensino médio. Em geral, cerca de 1 milhão de participantes faziam o exame para obter a certificação do nível de ensino.

Para isso, os interessados deveram prestar o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), que ainda não abriu inscrições. A previsão é que o edital seja publicado no próximo mês.

Principal tela do sistema de inscrição do Enem 2017 - Divulgação/Inep - Divulgação/Inep
Principal tela do sistema de inscrição do Enem 2017
Imagem: Divulgação/Inep

Mais rigor na oferta de isenção

As regras de isenção também mudaram, aumentando o rigor da oferta do benefício. Este ano, a depender da faixa de renda, foi preciso estar inscrito no Cadastro Único do governo federal, utilizado para o acesso a programas sociais como o Bolsa Família. Os participantes precisaram informar o número do NIS (Número de Identificação Social), usado no cadastro do governo, no ato da inscrição.

Essa exigência vale para inscritos que pedirem isenção por terem renda familiar de até três salários mínimos (R$ 2.811), ou de até meio salário mínimo (R$ 468,50) por cada membro da família.

Mas também puderam isenção da inscrição participantes que tiverem cursado os três anos do ensino médio em escola pública (ou como bolsista em escola particular) e que tenham renda familiar, por cada membro da família, de até um salário mínimo e meio (R$ 1.405,50).

As medidas, segundo o Inep, devem reduzir o número de faltantes que recebem a isenção da taxa e também de pessoas que pedem o benefício sem estar na faixa de renda que possui direito à gratuidade.

Segundo o Inep, o prejuízo com inscritos que receberam a isenção e não compareceram às provas foi de R$ 226 milhões no ano passado, quando o percentual de abstenção dos inscritos que pediram a isenção foi de 42,1% e de 23,8% para concluintes do ensino médio na rede pública, que receberam a isenção automaticamente.