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SP: apesar de liberadas, universidades não devem retomar aulas presenciais

Universidades devem manter formato de ensino a distância para atividades letivas Imagem: Annie Spratt/Unsplash

Ana Carla Bermúdez

Do UOL, em São Paulo

18/09/2020 12h04

Mesmo com a liberação do prefeito Bruno Covas (PSDB) para retomar as aulas presenciais a partir de 7 de outubro, instituições de ensino superior da capital paulista devem permanecer com o formato de ensino remoto para as atividades letivas.

A medida, segundo Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, entidade que reúne mantenedoras de ensino superior no Brasil, acontece principalmente por receio dos alunos em voltar às salas de aula.

Ele estima que 90% das 148 universidades ligadas ao sindicato na capital paulista não retomarão as aulas presenciais. Entre as instituições filiadas ao Semesp, estão a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Unip e Uninove.

"O que estamos vendo e conversando com as instituições é que elas têm sondado os alunos para saber se eles querem voltar presencialmente e não há uma aceitação muito grande da retomada de todas as aulas", afirma. "As aulas online têm funcionado com relativo sucesso. São alunos mais velhos, estamos falando mais de adultos, eles têm mais autonomia."

Segundo Capelato, "o que as universidades vão fazer é oferecer aulas práticas e laboratoriais, que precisam ser feitas de forma presencial, e continuar oferecendo atividades letivas online".

Desde julho, instituições de ensino superior da capital paulista estão liberadas a oferecer atividades práticas e laboratoriais de forma presencial. Não havia autorização, no entanto, para a retomada presencial das aulas regulares.

O diretor do sindicato diz que mesmo a participação em aulas práticas e laboratoriais será facultativa aos alunos. "Como a gente sabe que nem todos vão querer voltar porque têm medo ou são do grupo de risco, eles vão ter opção. Tem algumas atividades práticas que podem ser feitas remotamente, ou quando não for possível ele vai poder fazer a atividade prática depois, sem nenhum tipo de prejuízo", afirma.

Uma possibilidade, segundo ele, é a de atraso na formatura de um aluno que esteja nos últimos anos do curso, por exemplo —algo que pode ser negociado entre o estudante e a universidade.

Instituições de ensino como a USP (Universidade de São Paulo), Universidade Presbiteriana Mackenzie e FGV (Fundação Getulio Vargas) informaram ao UOL que não devem aderir à retomada das aulas presencialmente em outubro.

Na USP, as aulas continuarão sendo ministradas de forma remota até o fim de 2020.

O Mackenzie afirmou, em nota, que "permanece acompanhando as orientações das autoridades públicas para que possa definir o adequado momento de retorno, visando a preservação da saúde e a continuidade das atividades acadêmicas com qualidade e excelência".

Já a FGV disse que "privilegia a saúde de seus alunos, professores e profissionais" e afirmou que "o retorno às aulas presenciais se dará quando houver plena aprovação do corpo médico da FGV, das secretarias municipal e estadual de Saúde, do Ministério da Saúde e da OMS", mas não mencionou uma possível data para essa retomada.

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