MG: professores da rede estadual entram em greve sanitária na segunda-feira
Professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais vão entrar em greve sanitária a partir de segunda-feira (12). A paralisação foi decidida durante uma assembleia online e informada nas redes sociais do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação).
O movimento inicia no mesmo dia anunciado pelo governo de Minas como data de retorno dos alunos às atividades presenciais. A decisão do Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que acompanha o sindicadores e toma decisões sobre a pandemia no estado, permitiu a volta, inclusive, das unidades de ensino localizadas em municípios inseridos na Onda Vermelha do plano Minas Consciente - a mais restritiva de todas.
A greve, que valerá até o dia 17 de julho, foi decidida porque os educadores são contra a volta das aulas presenciais neste momento. O sindicato lembrou que, apesar da paralisação, os professores estarão disponíveis "para a prestação do trabalho remoto".
No anúncio do governo de estado, foi informado que a mudança foi possível "graças à redução dos indicadores epidemiológicos". Para o Sind-UTE, a ampliação é "irresponsável".
Em todas as cidades, no entanto, as escolas só poderão abrir com aval das prefeituras. Por isso, a greve acontecerá somente nos locais onde houver convocação para trabalho presencial.
"A escola precisa ser um lugar de acolhida, e não um lugar de medo de contaminação. Nós queremos retornar, sim, às aulas. Mas nós queremos retornar com garantias, com saúde, para que não representemos riscos para os nossos alunos, e nossos alunos não representem risco para nós", afirmou a coordenadora-geral do Sind-UTE, Denise Romana.
Uma nova reunião foi agendada para o dia 28 de julho para avaliação da greve sanitária e decisão de próximos passos.
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