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Tranquilo, enunciados confusos: O que alunos acharam do 2º dia do Enem 2021

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em Maceió, Manaus, Porto Alegre, São Paulo e Rio*

28/11/2021 18h49Atualizada em 29/11/2021 12h01

A maioria dos alunos que prestaram o segundo dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ouvidos pelo UOL consideraram a prova mais fácil. Em contrapartida, houve estudantes que sentiram mais evidentes suas deficiências nos estudos.

Além disso, muitos criticaram os enunciados das questões de hoje, voltadas para matemática e ciências da natureza.

Foi o caso, por exemplo, de Ana Carolina de Oliveira, 17, e Miguel Serafinelli, 17, dois dos primeiros alunos a saírem na Unip da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Para ambos, a parte mais difícil da prova foram análise de gráficos e escalas.

Miguel reclama de as questões não terem sido bem escritas. "As informações foram só jogadas lá e você se virava", diz. "Além disso, não caiu nada que os alunos aprendem no ensino médio."

Ana Carolina de Oliveira teve dificuldades com a prova de exatas Imagem: André Porto/UOL

Já Ana Carolina acha que exatas sempre foram um problema para ela, por isso enfrentou mais dificuldade.

Nino Ottoni, 32, viu a prova numa linha em que "tinha que prestar muita atenção no enunciado e não passar batido pelas informações".

"Tinham questões que eu não lembrava como resolver, mas tinha consciência de que eram simples, nesse caso, ia por eliminação", diz, sem avaliar a prova como complexa.

'Extremamente fácil'

Não foi a opinião de todos. Levi Pereira, 18, que fez o exame pela primeira vez e quer cursar engenharia civil ou computacional, gostou das provas. "Achei matemática a mais tranquila, foram questões que estudamos no 1° e 2° ano. Estou confiante", diz.

Nazaré Barros, 37, tenta levar seu curso de odontologia da faculdade privada para pública. "Acho que as questões deste ano estavam mais fáceis, gostei muito de matemática. Foi uma prova muito boa", avalia.

Robert de Souza, 18, achou mais fácil do que a semana passada. "As que mais penei foram as de química, tinham textos muito longos", pontua. "Os gráficos foram mais fáceis, era só interpretar."

Nino Ottoni no segundo dia do Enem Imagem: Marcela Lemos/UOL

Por falta de preparo, açougueiro encara prova como 'treino'

Por dois anos seguidos, o açougueiro e panfleteiro Cristofer Andrei, 22, não conseguiu fazer a prova. Primeiro, ficou entre os atrasados. Depois, teve um problema na inscrição e novamente não pôde participar.

Desta vez, por "não ter estudado muito", considera o Enem como um "treino".

"Tenho mais dificuldade em química e matemática e, conta disso, acabei pulando algumas questões", explica o jovem, que quer entrar na faculdade de direito.

Jeiel Silva de Assis, 20, tenta uma vaga em biologia. Em seu primeiro Enem, viu a prova de química como mais difícil. "Mas, normalmente, já é onde tenho mais dificuldade."

A estudante Thirsianne Saife, em Manaus Imagem: Rosiene Carvalho/UOL

Para Thirsianne Saife, 18 anos, hoje foi mais difícil do que a primeira prova porque exigia raciocínio, cálculo e conhecimento mais profundo sobre matemática. Para ela, primeira prova do Enem 2021 foi cansativa, mas era resolvida com interpretação de texto, o que facilitava as respostas.

"Se você lesse e soubesse interpretar, a resposta estava lá. Nesta, não. Ou você sabia ou não sabia. E tinha questões que eu não conseguia me lembrar das fórmulas para fazer o cálculo. Não sei se por nervosismo, mas esta foi mais difícil", afirmou.

Para Lygia de Jesus, 20, que quer cursar odontologia, o Enem é uma prova de resistência.

"Enem é uma prova muito cansativa. Achei essa prova média [em comparação com domingo passado]. O conteúdo de física foi o mais difícil, mas acho que foi uma prova melhor para quem fez cursinho, que dá um conteúdo mais direcionado ao Enem", disse.

Ausentes

A estudante e auxiliar de salão de beleza Maria Eduarda Silva Vargas Lemos, 17, está nesta edição como treineira, já que não concluiu o ensino médio.

Ficou surpresa com a quantidade de pessoas que não vieram ao segundo dia. "Acho que viram que foram mal e desistiram. Na minha sala, umas dez pessoas de cerca de 30 não compareceram. As fiscais chamavam os nomes e poucos respondiam."

* Com reportagem de Ana Paula Bimbati, Letícia Mutchnik, Carlos Madeiro, Hygino Vasconcellos, Aliny Gama, Marcela Lemos e Rosiene Carvalho.

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