Dois setores da USP não retomam atividades
Funcionários de dois setores da USP (Universidade de São Paulo) ainda não retomaram o trabalho nesta segunda-feira, 22, após o fim da greve. Funcionários da Prefeitura da USP e da SEF (Superintendência de Espaço Físico) cruzaram os braços em protesto à "falta de diálogo" sobre a reposição de horas determinada pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) na última semana. Segundo os trabalhadores, os dois setores somam cerca de 400 pessoas - cerca de 2% dos 17.404 servidores administrativos da instituição.
Em ambos os casos, a reivindicação dos servidores é de que não houve diálogo sobre como as horas deverão ser repostas e que foi "imposto" a eles que cumpram 70 horas extras - teto determinado em audiência de conciliação do TRT-2.
O Tribunal sugeriu que, para resolver o último dos impasses para o fim da paralisação, cada unidade deveria discutir como recuperar o trabalho acumulado. A única regra determinada era que o trabalhador não fizesse mais de uma hora extra por dia e que o máximo de reposição chegasse a 70 horas até o final do ano.
De acordo com Claudionor Brandão, que é um dos diretores do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), não houve diálogo com os dirigentes das unidades. "A SEF ignorou a parte do acordo que fala sobre negociação entre as partes. Querem que o pessoal compense sem negociar nada", disse.
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