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Escolas 'top' têm estratégias diferentes para Enem

Em São Paulo

06/11/2014 10h55

Foco em simulados, exercícios, tempo maior de aulas e atividades fora da escola têm sido a estratégia das escolas campeãs nos rankings do Enem para levar seus alunos a ter bons resultados. Mas a própria colocação entre os primeiros dá aos alunos algo que pode fazer a diferença: confiança.

No Colégio Bernoulli, de Belo Horizonte, um dos mais bem colocados no Enem 2012 (último dado disponível), todos os alunos do 3º ano fazem simulado aos sábados. "Os alunos daqui não ficam bons em uma matéria só, mas em tudo", diz Gabriela Costa, de 17 anos, que quer uma vaga em Medicina na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Cerca de 300 alunos do colégio farão o Enem neste ano. "Ter esse desempenho acaba contagiando o pessoal para estudar", diz Rommel Domingos, diretor de ensino do colégio.

No Objetivo Integrado, de São Paulo, 1º colocado, aulas em dois turnos, simulados e exercícios são carros-chefes da preparação. "Neste ano, os alunos procuraram mais pela preparação de redação", diz a coordenadora Vera Antunes.

Nas públicas mais bem colocadas não houve preparação específica. "Nossos planos de aula já dialogam com o Enem. A gente complementa com atividades em museus e feiras de ciências", diz o diretor da Etesp (Escola Técnica de São Paulo), Nivaldo Freire. Ligada ao Centro Paula Souza, ela é a primeira colocada no Estado.

A Etesp seleciona alunos por vestibulinho, o que contribui para o bom desempenho. A primeira escola pública do País também faz isso. É o Coluni (Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa), em Minas. "Trabalhamos dentro de uma formação mais completa. O resultado nas provas é consequência disso, não a causa", diz o diretor Helio Filho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.