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'Meu filho achou que ia morrer', diz pai de aluno baleado na USP

Equipe socorre estudante baleado na Faculdade de Letras na USP (Universidade de São Paulo) - Vinicius Ferreira
Equipe socorre estudante baleado na Faculdade de Letras na USP (Universidade de São Paulo) Imagem: Vinicius Ferreira

Em São Paulo

02/09/2015 15h45

Vítima de um disparo pelas costas em uma tentativa de assalto na Universidade de São Paulo (USP), o estudante de Letras Alexandre Simão de Oliveira Cardoso, de 28 anos, pensou que não iria resistir aos ferimentos provocados pela bala, que lhe atravessou o tórax e perfurou o fígado. "Meu filho achou que ia morrer. A queimação, a dor do tiro é muito forte", conta o pai da vítima, o aposentado Alberto Cardoso de 62 anos.

O crime aconteceu na noite dessa terça-feira (1º) perto da Faculdade de Letras, Filosofia e Ciências Humanas (FFLCH), no câmpus Butantã, na zona oeste da capital. Os familiares foram visitá-lo na manhã desta quarta-feira, 2, no Hospital Universitário, também na zona oeste, onde está internado em um quarto. A mãe dele saiu do hospital por volta do meio-dia, aos prantos, acompanhada do filho mais velho e do marido.

"Se fosse comigo, que já vivi minha vida, já me aposentei... mas com meu ele não. Filho é filho", disse o pai da vitima.

O estado de saúde do rapaz é estável, mas ele deve ficar sob observação médica por cinco dias.

Alexandre trabalha como advogado há pelo menos quatro anos e fazia seu segundo curso. "Ele quis fazer Letras porque sempre gostou de literatura e de dar aula", conta Sara Andrade, de 23 anos, cunhada do aluno da USP.

O estudante já participou de projetos sociais em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, onde dava aulas. Ele mora com a namorada de 27 anos, que é jornalista, no Jardim Paulista (zona sul).