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Diretora do Centro Paula Souza se diz 'indignada' com 'ataque'

Em São Paulo

06/05/2016 15h36

A diretora-superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, disse na tarde desta sexta-feira, 6, ter ficado "indignada" com o "ataque à instituição" feito pelos ocupantes do prédio.

Ao menos seis notebooks e diversas peças de computador foram furtados. Portas foram arrombadas e até uma câmera de segurança foi arrancada do teto.

"O prédio está destruído. Muitos equipamentos furtados. É uma pena, pois esta é uma instituição que só faz o bem à juventude de São Paulo e sofreu um ataque cruel como esse", declarou Laura.

O prédio foi desocupado na manhã desta sexta-feira, e os funcionários trabalham em um levantamento dos objetos danificados.

O órgão pedirá ainda a reintegração de posse de todas as escolas técnicas ocupadas - 12, até o momento, além de duas escolas estaduais.

Laura ainda elogiou a ação da PM, que julgou "correta" e disse acreditar que a maioria dos ocupantes do CPS fossem "vândalos" e não pertencessem à comunidade escolar.

"Nossos alunos estão revoltados. São alunos e professores sérios. A grande maioria (que ocupou) não é de alunos. O trabalhador que só tem o sábado e domingo para seu lazer não tem interesse em fazer reposição no fim de semana porque foi impedido por um pequeno grupo", afirmou.

Expansão da merenda

A diretora anunciou que o Centro Paula Souza estuda expandir a oferta de refeição a todos os seus estudantes de tempo integral.

A reivindicação de merenda nas escolas técnicas estaduais, administradas pela autarquia estadual, foi o principal motivo que levou estudantes a ocupar o prédio do CPS desde a semana passada.

Dos 52 mil alunos em tempo integral do CPS, 35 mil já recebem refeição, segundo a diretora. "Estamos estudando. Vamos fazer levantamento nas escolas para que possamos ter uma ação para os alunos que ficam o dia todo na escola", disse a diretora.

A falta de merenda em parte das escolas, disse ela, vem de uma falta de tradição das escolas técnicas em oferecer alimentos aos alunos.

"A lei para o ensino técnico é do final de 2009. Nesses cinco anos, estamos adequando nossas escolas. Isso é gradativo. Temos prédio antigo que precisa de reforma e às vezes nem tem espaço planejado para isso", afirmou.