Histórias para Brincar
Brincadeiras narrativas de Gianni Rodari Ana Lúcia Brandão
Gianni Rodari é um dos mais férteis escritores de literatura para crianças que a Itália já produziu. Ele recebeu o Nobel da área, o prêmio Hans Christian Andersen, em 1970, e sua obra, criada em um programa de rádio entre 1969 e 1970, é realmente eterna, porque sua imaginação cala fundo nas crianças de todos os tempos.
Esta coletânea de vinte histórias curtas, imaginativas e cheias, de humor são um excelente exemplo de como ele criava e funcionam como um jogo de cartas. Cada história parece se embaralhar, do meio para o fim, propondo para o leitor três finais inusitados, diferentes e divertidos. Alguns finais são mais lógicos, outros mais surpreendentes.
Deste modo, o leitor se vê às voltas com uma chuva de chapéus, um cachorro que pia e deseja aprender a latir, um tambor mágico que afasta ladrões, fantasmas desacreditados, casas feitas de moedas de cinco continentes, uma cidade que fica sem automóveis que são encantados por um flautista e tantas outras histórias.
Esta é uma ótima leitura que serve como mote para criação de redações em prosa ou mesmo poesia em sala de aula. Uma publicação para ser lida em voz alta ou mesmo para ser dramatizada nas aulas de português das segundas e terceiras séries do ensino fundamental. A propósito, entre os livros de Rodari há um dedicado aos professores chamado "A gramática da fantasia" (publicado pela Summus Editorial) em que propõe exercícios de criação literária.
Histórias para brincar
Gianni Rodari
Editora 34
216 páginas
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Fonte: é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, analista e consultora na área de literatura infanto-juvenil, e autora do livro infantil "A Lenda do Amaru" (Paulinas). 96 págs.