No Brasil, o primeiro grande
movimento grevista ocorreu em julho de 1917, em São Paulo. A greve geral paralisou completamente a capital paulista. O movimento de iniciativa do operariado foi conduzido por líderes trabalhistas que eram adeptos das ideologias
anarquistas e
socialistas.
As reivindicações eram por melhores salários, condições do ambiente de trabalho, vantagens materiais e o reconhecimento ou aplicação prática de alguns direitos. Os grevistas foram brutalmente reprimidos pelo Estado, mas a greve geral representou um marco na história da organização autônoma do operariado brasileiro.
Outro exemplo da força política dos trabalhadores no Brasil ocorreu durante o período da
ditadura militar (1964-1985) com as greves dos operários metalúrgicos da região do ABC.
Os movimentos grevistas dos metalúrgicos paulistas foram deflagrados por demandas unicamente de interesse dos trabalhadores (principalmente a luta por melhores salários e a autonomia sindical).
Porém, as manifestações rapidamente transbordaram para temas políticos e se tornaram num importante movimento em defesa da redemocratização do país. Um dos seus principais líderes era o metalúrgico
Luís Inácio Lula da Silva, eleito presidente do país em 2002.
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