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Piratas do século 21 - Ataques no mar crescem mais do que o comércio

Manuela Martinez, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Em meio às guerras, aos conflitos étnicos, ao início da "abertura econômica" pós-<a hre="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u206.jhtm" "="">Fidel Castro</a>, em <a data-cke-saved-href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u114.jhtm" href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u114.jhtm">Cuba</a>, ao <a data-cke-saved-href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u389.jhtm" href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u389.jhtm">aquecimento global</a> e à epidemia de <a data-cke-saved-href="http://educacao.uol.com.br/biologia/ult1698u74.jhtm" href="http://educacao.uol.com.br/biologia/ult1698u74.jhtm">dengue</a> no Rio de Janeiro, uma notícia mereceu destaque entre as principais agências do mundo na segunda semana de abril de 2008: o ataque ao iate de luxo francês "Le Ponant", na costa da <a data-cke-saved-href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u165.jhtm" href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u165.jhtm">Somália</a>, <a data-cke-saved-href="http://educacao.uol.com.br/geografia/africa-mapa.jhtm" href="http://educacao.uol.com.br/geografia/africa-mapa.jhtm">África</a>, realizado por dez <strong>piratas</strong> fortemente armados.<br> <br> Apesar de toda a sofisticação eletrônica dos navios, iates, veleiros e demais tipos de embarcações, a ação dos piratas cresceu 10% no ano passado (apenas para efeito de comparação, o comércio global registrou uma alta de 7%), de acordo com um levantamento realizado pelo IMB (International Maritime Bureau), órgão que centraliza as informações sobre pirataria em todos os continentes.<br> <br> Em 2007, foram registrados 263 ataques de piratas, mas, segundo especialistas, o número pode ser bem maior porque os proprietários de pequenas embarcações normalmente não procuram as autoridades competentes para prestar queixas.<br></p> <br> <br> <p> <strong>Normas rígidas</strong></p> <p> Mesmo com o crescimento de 10% registrado em 2007, o número de ataques de piratas ainda é bem menor do que em 2000, quando 469 casos foram registrados. No entanto, após o ataque sofrido pelos <a data-cke-saved-href="http://educacao.uol.com.br/geografia/estados-unidos-bandeiras-e-mapas-dos-estados.jhtm" href="http://educacao.uol.com.br/geografia/estados-unidos-bandeiras-e-mapas-dos-estados.jhtm">Estados Unidos</a> em <a data-cke-saved-href="http://noticias.uol.com.br/onzedesetembro/" href="http://noticias.uol.com.br/onzedesetembro/">11 de setembro de 2001</a>, as normas mundiais de segurança ficaram mais rígidas, principal fator apontado pelos especialistas para a redução dos ataques.<br> <br> Em 2007, quem navegou por águas da Somália, <a data-cke-saved-href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u200.jhtm" href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u200.jhtm">Nigéria</a> e <a data-cke-saved-href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u284.jhtm" href="http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u284.jhtm">Indonésia</a> teve mais probabilidade de ser atacado por piratas - foram realizados pelo menos 50 ataques nesses três países, dos quais 31 somente na Somália. Segundo o International Maritime Bureau, o país africano concentra muitas quadrilhas organizadas e praticamente não existe fiscalização por parte da polícia.<br> <br> Os prejuízos causados pela pirataria em todo o mundo podem ser traduzidos por números. Na última década, cerca de 3.200 pessoas foram feitas reféns, outras 150 morreram durante os ataques e 500 ficaram feridas.<br></p> <br> <br> <p> <strong>Sofisticação</strong></p> <p> Os relatos dos comandantes, tripulantes e passageiros dos navios atacados revelam que os piratas, há muito tempo, trocaram o romantismo pela sofisticação. No século 21, as "armas" são outras: GPS, lanchas rápidas, fuzis e máscaras. Em 2007, os piratas provocaram um prejuízo de US$ 16 bilhões para as empresas e países.<br> <br> Em seu favor, os piratas têm a estatística: pelo menos 80% dos bens comercializados em todo o mundo circulam pelo mar, transportados por 50 mil grandes navios. Para minimizar as ações dos piratas, os governos e dirigentes das grandes empresas trabalham em duas linhas: alguns defendem a presença de militares nas embarcações, enquanto outros acreditam que é preciso melhorar a sofisticação dos aparelhos e equipamentos de segurança.<br> <br> No passado, a pirataria, que sempre foi considerada um crime internacional, era combatida com extremo rigor - os piratas normalmente eram enforcados. Mesmo assim, os ataques continuaram e até hoje persistem como um grave problema de segurança internacional.</p> <p></p>

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