Câncer - tipos mais comuns - Doença tem grande incidência no Brasil
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre os anos de 2008 e 2009 ocorrerão mais de 400.000 novos casos de câncer no Brasil. Dentre esses casos, o instituto estima que, entre os homens, o maior número de ocorrências, cerca de 49.000, será de câncer de próstata. Já entre as mulheres a estimativa é de mais de 49.000 novos casos de câncer de mama. No total, devem ser mais de 460.000 casos de câncer na população brasileira.
A seguir, conheceremos um pouco sobre alguns tipos de câncer com grande incidência no Brasil: leucemia, câncer de mama e câncer de próstata.
Leucemia
O nome leucemia serve para designar o câncer que afeta os glóbulos brancos (leucócitos) do sistema imunológico. Como existem diferentes tipos de glóbulos brancos - por exemplo, linfócitos e neutrófilos -, podemos dizer que existem vários tipos de leucemia.No entanto, todas as leucemias se caracterizam pela multiplicação anormal de glóbulos brancos fabricados pela medula óssea. Esse crescimento anormal prejudica a produção dos demais elementos do sistema sanguíneo, as hemácias e as plaquetas. Assim, o portador de leucemia freqüentemente apresenta problemas de cicatrização e anemia. Porém, além de se multiplicar em grande quantidade, os leucócitos produzidos são deficientes e não atuam na defesa do organismo. Portanto, o sistema imunológico fica seriamente comprometido.
De acordo com a manifestação e evolução dos sintomas, fala-se em leucemia aguda ou crônica. A aguda caracteriza-se por uma forte manifestação dos sintomas, como hemorragias, anemia e infecções constantes. Já na leucemia crônica, a evolução se dá lentamente, de forma que tais sintomas não se manifestam e a doença só é detectada através de resultados anormais de exames sanguíneos.
O diagnóstico geralmente é realizado através de uma combinação de exames que incluem exames físicos, de sangue, biópsias (remoção e exame de tecidos ou células vivos), entre outros. Dependendo do tipo de leucemia e das características pessoais do paciente, o tratamento pode ser realizado através de radioterapia, quimioterapia, transplante de medula ou uma combinação dessas técnicas.
Câncer de mama
O câncer de mama ocorre quando as células da glândula mamária se multiplicam de forma anormal, provocando a formação de tumores malignos. O câncer de mama é muito raro em homens. Acredita-se que isso ocorra pelo fato de o estrógeno, um hormônio feminino, ser um estimulante da multiplicação das células mamárias, estando envolvido no desenvolvimento desse tipo de câncer.Os motivos que levam a essa multiplicação anormal e, conseqüentemente, ao câncer de mama, não estão totalmente elucidados. Porém, sabe-se que existem alguns fatores que aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença. Entre eles estão: a idade - a maior incidência desse tipo de câncer ocorre em mulheres acima dos 65 anos -, histórico familiar - ou seja, a predisposição genética - e, aparentemente, mulheres que nunca tiveram filhos, pois apresentam uma maior propensão ao desenvolvimento da doença.
O primeiro sintoma do câncer de mama é a presença de um pequeno nódulo nos seios. Porém, a presença de nódulos não significa necessariamente a presença de câncer, podendo ser um cisto ou um tumor benigno. Quanto mais cedo é realizado o diagnóstico, maiores são as chances de cura.
Células do câncer de mama. Fonte: Whitehead Institute for Biomedical Research. |
Portanto, ao notar qualquer alteração nos seios é importante que se procure um médico, para que este realize os exames necessários. Geralmente, o médico realiza inicialmente um exame físico, seguido de uma mamografia (técnica que utiliza raios X para analisar o tecido das mamas) e, se necessário, de uma biópsia para avaliar a natureza do nódulo. Mesmo sem apresentar nódulos palpáveis, recomenda-se que as mulheres, a partir dos 40 anos, ou mais cedo no caso de histórico familiar, realizem mamografias periódicas.
O tratamento do câncer de mama depende de diversos fatores, como o estágio de desenvolvimento do câncer, a presença de metástase, a idade e o histórico médico da paciente. Assim, pode ser realizado o tratamento através de medicamentos contendo hormônios e quimioterápicos, associados ou não a sessões de radioterapia. A remoção cirúrgica do tumor também pode ser necessária, seguida de quimio ou radioterapia.
Câncer de próstata
A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino, responsável pela produção do líquido espermático. O câncer de próstata corresponde à multiplicação anormal das células dessa glândula, que acaba por aumentar de volume.O crescimento da próstata comprime a bexiga, provocando alguns sintomas como dificuldade e dor para urinar, sensação constante de bexiga cheia, disfunção erétil, entre outros. O câncer de próstata pode se espalhar para outras partes do corpo, sendo que é comum que a metástase atinja o sistema linfático.
Alguns fatores aumentam a probabilidade do desenvolvimento da doença. Entre eles, podemos citar a idade - sendo mais comum em homens com mais de 50 anos -, a predisposição genética - a ocorrência da doença em parentes próximos aumenta em até 20% a probabilidade de desenvolvimento desse câncer - e dietas desbalanceadas e ricas em gorduras, entre outros.
Assim como os demais tipos de câncer, um diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento bem-sucedido. Portanto, recomenda-se que, a partir dos 50 anos, os homens realizem periodicamente exames capazes de detectar a presença de câncer.
Esses exames consistem no exame de toque retal e um exame de sangue, que detecta a presença do "antígeno prostático" (PSA), que pode se alterar na presença da doença. Dependendo dos resultados, o médico urologista pode solicitar outros exames, como, por exemplo, uma biópsia para analisar a presença de células cancerígenas em amostras de tecidos da glândula.
Ainda há grande resistência e preconceito, por parte da população masculina, em realizar o exame de toque, fator que contribui para os índices elevados dessa doença na população mundial.
Assim como os demais tipos de câncer, o câncer de próstata pode ser tratado através de uma série de técnicas. Dependendo do estágio da doença e de características pessoais do paciente, pode ser realizado um tratamento à base de hormônios, quimioterapia, radioterapia, remoção cirúrgica do tumor, ou, ainda. através da combinação desses tratamentos.
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