Professor mata e disseca coelhos durante aula de ensino médio em Goiânia

A morte e dissecação de coelhos em aulas de biologia da Escola Estadual Edmundo Pinheiro de Abreu, em Goiânia, gerou controvérsias entre os estudantes. O experimento aconteceu no dia 19 de outubro com turmas do 2º e 3º anos do ensino médio.

O professor que ministrou as aulas também é biólogo. Durante a morte e dissecação dos animais, alguns estudantes preferiram não participar. Segundo o docente, a proposta era ensinar anatomia de uma forma prática, já que a formação dos órgãos seria a mesma de um mamífero humano.

A vice-diretora da escola, Iranda Veríssimo do Nascimento, diz que a aula estava prevista no planejamento pedagógico da unidade e que a intenção era incrementar o ensino oferecido aos alunos. Segundo ela, todo o planejamento foi discutido com os profissionais da escola e aprovado pela direção. “Ficamos surpresos com a repercussão. A proposta era oferecer conhecimento científico", disse.

Ela diz que o professor se baseou em procedimentos utilizados por universidades e a prática foi realizada na sala de aula porque a escola não possui laboratório. Segundo a vice-diretora, Marques tem tido um desempenho positivo nas aulas de biologia e que o ocorrido não altera em nada o trabalho dele na unidade.

De acordo com uma lei federal, o uso de animais em atividades  educacionais só é permitido para estabelecimentos de ensino superior e de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica. Em Goiás, não há uma diretriz da Secretaria Estadual de Educação e cada escola possui um regimento próprio.

A vice-diretora diz que a unidade foi notificada pela Secretaria Estadual de Educação. Segundo ela, a prática está suspensa na escola.