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Brasil ganha 4 medalhas em olimpíada internacional de biologia

Da esq. à dir.: Lucas Magalhães, Michael Sato, Arthur Feitosa e Gerardo Albino. - José Carlos Pelielo/Divulgação
Da esq. à dir.: Lucas Magalhães, Michael Sato, Arthur Feitosa e Gerardo Albino. Imagem: José Carlos Pelielo/Divulgação

Eduardo Schiavoni

Colaboração para o UOL, em Ribeirão Preto (SP)

16/09/2015 18h15Atualizada em 17/09/2015 19h03

Composta por quatro estudantes, a delegação brasileira teve 100% de aproveitamento e conseguiu quatro medalhas, sendo três de prata e uma de bronze, na Oiab (Olimpíada Ibero-Americana de Biologia) de 2015, evento que terminou no domingo em El Salvador e reuniu estudantes de 13 países.

Durante a programação da Oiab, os jovens enfrentaram uma prova teórica e quatro provas práticas envolvendo os temas biologia celular, anatomia e fisiologia vegetal, anatomia e fisiologia animal, etologia, genética, ecologia e biossistemática.

O torneio reuniu 43 estudante de 13 países de línguas portuguesa e espanhola, entre eles Portugal e Espanha. Os estudantes cearenses Arthur Feitosa, 17, e Gerardo Albino, 16, e o paulista Michael Sato, 17, ganharam as medalhas de prata, enquanto o cearense Lucas Magalhães, 17, levou bronze.

No total, foram distribuídas seis medalhas de ouro, nove de prata e 13 de bronze, dadas de acordo com o desempenho dos estudantes. "Só por ter chegado à etapa internacional, me considerava um vencedor. A medalha, que foi inesperada, só aumentou a alegria o sentimento de missão cumprida", disse Lucas.

Daniel Berto, um dos professores que acompanharam os estudantes, conta que o Brasil participa de torneios internacionais desde 2005 e que foi a primeira vez que todos os alunos brasileiros foram premiados. Para ele, a coalizão de forças foi o diferencial brasileiro.

“O bom desempenho do Brasil deve-se ao esforço dos alunos e à ajuda de seus respectivos colégios, bem como das instituições que lhes ofereceram treinamento prático e, é claro, da coordenação da OBB”.

Seleção

Chefe da delegação brasileira, o professor José Carlos Pelielo de Matos, da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), ressalta que, com investimentos em laboratórios de ponta em mais escolas, os resultados podem ser ainda melhores.

"Sabemos que ainda falta condição laboratorial em muitas escolas, e esse deve ser um caminho para conseguirmos melhorar ainda mais nossa atuação", disse."Tradicionalmente, somos bem melhores na teoria do que na prática. E isso é reflexo de uma política educacional, não só na biologia como em todas as outras disciplinas."

Antes de viajar para El Salvador, 15 jovens, selecionados entre 70 mil estudantes que participaram da OBB (Olimpíada Brasileira de Biologia), passaram por um treinamento intensivo de duas semanas. A programação contou com aulas práticas e teóricas em instituições de ensino no Rio de Janeiro e em São Paulo. Entre eles, quatro foram escolhidos para representar o País na Oiab.

Rubens Oda, coordenador nacional da OBB, a importância maior do evento é estreitar a ponte entre a universidade e o ensino médio, contribuindo para a divulgação de novas descobertas e para a aprendizagem científica.

Próximos passos

A próxima Oiab será promovida em Brasília, em 2016. Os interessados em participar da seleção, que acontece através da OBB, devem estar cursando o ensino médio e ter, no máximo, 19 anos até o dia 1º de julho do ano que vem. Caso já tenha concluído o ensino médio, o participante não pode ter matrícula em instituição de ensino superior.