Alberto de Oliveira Poeta brasileiro
28 de abril de 1857, Palmital de Saquarema, RJ (Brasil)
19 de janeiro de 1937, Niterói, RJ (Brasil)
Os últimos anos de estudo de Antônio Mariano Alberto de Oliveira - o poeta formou-se em Humanidades e Farmácia - foram assinalados pela publicação de suas primeiras obras: Canções românticas (1878) e Meridionais (1884).
Na primeira, embora os motivos sejam parnasianos (estátuas, mármores, temas greco-romanos eivados de sensualismo), opera-se ainda um transbordamento romântico de emoção e imaginação. A natureza não é pintada com a universalidade parnasiana: tem cor local e sente-se nela a presença do poeta, observador parnasiano que transforma a realidade em arte.
Em Meridionais, Alberto de Oliveira alcança a impassibilidade preconizada pela estética parnasiana. Descreve cenas e objetos, acentuando-lhes os traços físicos capazes de impressionar os sentidos: cores, sons, sensações táteis.
Nas últimas obras, contudo, a poesia de Alberto de Oliveira revela uma aura de sugestividade que, ultrapassando as descrições meramente plásticas, faz pensar numa inquietação filosófica que o aproxima do Simbolismo. É o caso de Por amor de uma lágrima (1900) e Alma livre (1905), nos quais, além do simbolismo, certa desinibição na forma de alguns poemas já prenuncia o Modernismo.
Apesar de todas essas mutações, Alberto de Oliveira caracterizou-se por ser um poeta da Natureza, cultor de uma poesia caracterizada por certo romantismo, mas vertida em forma parnasiana.
Em termos profissionais, o poeta exerceu funções públicas: foi diretor geral da Instrução e exerceu o magistério nas áreas de língua portuguesa e literatura brasileira.
Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira nº 8.