Alberto Torres Político e publicista brasileiro
26 de novembro de 1865, Fazenda Rio Seco, Porto de Caxias, RJ (Brasil)
29 de março de 1917, Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
Depois de completar os estudos secundários no Rio de Janeiro, Alberto de Seixas Martins Torres cursou, inicialmente, Medicina, optando, pouco tempo depois, pelo Direito, primeiro em São Paulo e, em 1885, no Recife, onde se forma.
Passa, então, a trabalhar como advogado no Rio de Janeiro, onde também atua como político e jornalista. Torres foi deputado à Assembleia Constituinte do Estado do Rio de Janeiro (1892), deputado federal, ministro da Justiça e Negócios Interiores, presidente do Estado do Rio de Janeiro e ministro do Supremo Tribunal Federal, onde se aposentou, em 1909, por motivos de saúde.
Nacionalismo
Alberto Torres foi abolicionista e republicano convicto desde os tempos de juventude. Mais tarde, seus ideais concentraram-se no pacifismo internacional, voltando-se, finalmente, para uma concepção nacionalista da história, despertada, durante sua segunda legislatura federal, quando da discussão de projetos sobre seguros e remessa de lucros para o exterior.
Sempre escrevendo na imprensa, suas principais obras - A organização nacional e O problema nacional - nasceram de artigos publicados no Diário de Notícias e no Jornal do Comércio. Nesses dois livros, Torres defende suas ideias nacionalistas.
Da constante preocupação de Alberto Torres com a realidade brasileira, nasceu sua proposta de reforma da Constituição de 1891, na qual ele propunha um legislativo que também representasse as classes profissionais e a criação de um Poder Coordenador, espécie de Poder Moderador e Conselho de Estado republicanos.
Seus pensamentos - principalmente no que se refere ao elogio da miscigenação - influenciariam um grupo de escritores que, despontando com o Modernismo, mais tarde se filiariam ao Integralismo.
Em seu último livro, As fontes da vida no Brasil, de 1915, Alberto Torres reafirmou a defesa do nacionalismo étnico-social.