Alceu Amoroso Lima Escritor fluminense
11/12/1893, Rio de Janeiro (RJ)
29/8/1983, Petrópolis (RJ)
Alceu Amoroso Lima nasceu no bairro do Cosme Velho, no Rio de Janeiro. Consta que, ainda criança, era vizinho do escritor Machado de Assis. Em 1913, formou-se em direito pela Faculdade do Rio de Janeiro, viajando em seguida à França, onde continuou seus estudos.
De volta ao Brasil, trabalhou como advogado e passou a colaborar com o jornal "O Crítico", onde adotou o pseudônimo de Tristão de Ataíde. Nos anos 1920, converteu-se ao catolicismo, iniciando ampla militância como expoente do pensamento católico. Foi diretor do Centro Dom Vital, que reunia lideranças da Igreja católica.
Participou ativamente dos movimentos sociais e políticos brasileiros nos anos 1930, tornando-se um dos mais respeitáveis representantes do pensamento conservador católico no Brasil. No ano de 1935, Alceu Amoroso Lima tornou-se diretor da Ação Católica Brasileira e foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Trabalhou também como jornalista e crítico literário. Publicou diversas obras em que expôs seu pensamento, como "Introdução à Economia Moderna", "Preparação à Sociologia, "No limiar da Idade Nova" e "Idade, Sexo e Tempo".
Na década de 1940 Alceu Amoroso Limão retomou suas concepções liberais, sem abandonar o catolicismo. Foi professor de literatura brasileira na Faculdade Nacional de Filosofia e ajudou a fundar a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Após o golpe militar em 1964, teve uma postura atuante na defesa dos direitos humanos. Publicou uma série de artigos contra a ditadura, valendo-se de seu prestígio como intelectual.
Alceu Amoroso Lima foi casado durante mais de sessenta anos com Maria Teresa de Faria, com quem teve sete filhos. Morreu aos 90 anos, dois anos depois da morte de sua mulher.