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Alfred Russel Wallace Naturalista inglês

8 de janeiro de 1823, Usk, Monmouthshire (Inglaterra)

7 de novembro de 1913, Broadstone, Dorset (Inglaterra)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

01/07/2008 12h15

Alfred Russel Wallace nasceu em Usk, Monmouthshire, na Inglaterra, em 8 de janeiro de 1823 e morreu em Broadstone, Dorset, também na Inglaterra, a 7 de novembro de 1913.

Trabalhou, inicialmente, como topógrafo e arquiteto. Por volta de 1840 começou a interessar-se por botânica. Em 1848, iniciou viagem pelo Amazonas, ali permanecendo até 1850. A valiosa coleção acumulada nessa expedição foi consumida pelo fogo na viagem de volta, embora Wallace tenha conservado as anotações que lhe permitiram escrever um livro sobre a Amazônia.

Viajou depois extensamente - entre 1854 e 1862 - pelo arquipélago malaio. Depois, fixou-se em seu país, dedicando-se a pesquisas científicas que divulgou em grande número de livros.

A evolução das espécies

Em 1858, numa reunião da Sociedade Linneana de Londres, é apresentado conjuntamente um resumo da teoria de Darwin sobre a evolução das espécies e um ensaio de Wallace sobre o mesmo assunto, tomando como base a seleção natural.

O trabalho de Wallace, Sobre a tendência das variedades de se afastar indefinidamente do tipo original, foi depois publicado em livro, com outros ensaios, em 1870.

Em 1869, Wallace divulgou o resultado da ampla pesquisa feita no arquipélago malaio, onde investigou a distribuição geográfica dos animais e assinalou a diferença de exemplares encontrados nas regiões oriental e austral do arquipélago, por ele separadas através de uma linha imaginária: a Wallace's line.

A sobrevivência do mais forte

A versatilidade de Wallace leva-o ainda a interessar-se por questões tão diferentes quanto a da nacionalização agrária (que apóia) e a vacinação (que combate).

O trabalho de Wallace sobre a evolução das espécies, escrito em fevereiro de 1858, na Malaia, tem como ponto de partida o Ensaio sobre a população, de Thomas Robert Malthus. Anos depois, Wallace se afasta de Darwin, que defende a tese da "seleção sexual", preferindo a da sobrevivência do mais forte e, em seu espiritualismo, aceita a intervenção de causas não identificadas na evolução das espécies.

Seus trabalhos sobre a fauna oriental e austral fazem de Wallace um dos fundadores da geografia animal.

Obras

O primeiro livro de Wallace foi Narrativa de viagens pelo Amazonas e o Rio Negro (1853). Nesse, como em O arquipélago malaio, de 1869, o naturalista apresenta os resultados de suas excursões e estudos nas duas regiões.

Em 1870, divulga seus ensaios sobre o problema da evolução em Contribuições para a teoria da seleção natural. Seu livro Distribuição geográfica dos animais, de 1876, além de dar-lhe papel relevante na zoogeografia, torna-o um precursor dos modernos estudos da influência da divisão de terras emersas e da divisão dos mares sobre a genealogia das espécies.

Em 1882, publica Nacionalização agrária, defendendo a necessidade da propriedade estatal da terra. Em Quarenta e cinco anos de registro de estatísticas, de 1885, combate a vacinação, que considera perigosa e inútil.

As críticas de Wallace a Darwin, tanto pela seleção natural como pela seleção sexual, foram reunidas no livro Darwinismo, de 1889.

Wallace também deixou outras obras: O século maravilhoso, no qual estuda os êxitos e fracassos do século 19; O lugar do homem no universo; a autobiografia Minha vida, de 1905; O mundo e a vida, de 1910; e Meio social e progresso moral, de 1912.

Alfred Russel Wallace recebeu, em 1892, a Medalha de Ouro da Sociedade Linneana, prêmio que se concede, todos os anos, a um botânico ou zoólogo cujo trabalho tenha importância significativa para o avanço da ciência.

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