Aristarco de Samos Astrônomo e matemático grego

Aristarco de Samos é o primeiro estudioso que propõe o modelo heliocêntrico do Sistema Solar, colocando o Sol, e não a Terra, no centro do universo.

Ele foi um dos muitos sábios que utilizaram a legendária Biblioteca de Alexandria, na qual se reuniam as mentes mais privilegiadas do mundo clássico. Naquele tempo, a crença dos estudiosos seguia o pensamento mais óbvio: o de que o universo girava em torno da Terra, ou seja, o sistema geocêntrico.

Os astrônomos daquele tempo viam os planetas e o Sol darem voltas no céu, o que os fazia pensar que a Terra deveria se encontrar no centro de tudo. Inclusive, as próprias colocações de Aristóteles, feitas poucos anos antes de Aristarco, não deixavam dúvidas com relação ao fato de que não só a Terra estava no centro do universo, mas que as estrelas e a Lua se encontravam em órbitas fixas que giravam em torno da Terra.
 

Cálculo do diâmetro da Terra

Infelizmente, do modelo heliocêntrico de Aristarco de Samos só nos restam as citações de Plutarco e Arquimedes, pois os trabalhos originais se perderam em um dos incêndios que destruíram a Biblioteca de Alexandria.

Sabemos que ele supunha que os planetas giravam em círculos, e não em elipses. Aristarco também determinou, pela primeira vez na história, o tamanho da Lua.

Ao observar a Lua movendo-se através da sombra da Terra, durante um eclipse lunar de grande duração, Aristarco percebeu que o tempo que a sombra da Terra demorava para ocultar a Lua era, aproximadamente, a metade do tempo que durava o eclipse total da Lua. Isso o fez pensar que o diâmetro da sombra era duas vezes maior que o diâmetro lunar. A partir dessa conclusão, calculou que o diâmetro da Terra era três vezes maior que o diâmetro da Lua.

Baseado também em medidas simples da distância entre o Sol e a Terra, ele concluiu que o Sol deveria ser muito maior do que a Terra - e que, portanto, nosso planeta girava em torno do Sol.

Diferente do que muitos pensam, Copérnico parecia desconhecer a obra de Aristarco, pois não a cita em trecho algum de sua obra Sobre as revoluções das esferas celestes.