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Benito Perez-Galdós Romancista e dramaturgo espanhol

10-5-1843, Las Palmas, Grã-Canária

4-1-1920, Madri

Do Klick Educação

17/08/2015 20h58

Filho de militar, em 1862 mudou-se para Madri a fim de estudar Direito. Em 1868, viajou para Paris e ali descobriu os grandes autores realistas franceses. De tendência progressista e anticlerical, foi deputado entre 1886 e 1890, na ala liberal, e novamente em 1907 e 1910, como republicano. A obra de Galdós inscreve-se no realismo, embora sua primeira novela, La Fontana de Oro (1867), apresente tonalidades românticas. Durante a década de 1870, escreveu diversos romances de claro conteúdo social e político, em que defende suas idéias progressistas. É o caso de Doña Perfecta (1876) ou La Família de León Roch (1878). É também nesse período que começa a criar sua obra magna, os 46 romances de Episodios Nacionales, publicados em duas séries – na primeira, entre 1873 e 1879, são 20 e, na segunda, de 1898 a 1912, mais 26 –, com os quais pretende explicar a história da Espanha no século XIX, desde a Guerra da Independência até a Restauração. São obras bem documentadas e narradas com objetividade, em que se percebe o constante confronto entre as forças progressistas e as conservadoras. Enquanto a primeira série se reveste de um tom otimista, a segunda apresenta um amargo pessimismo. A partir da década de 1880, sua narrativa põe de lado os raciocínios maniqueístas para se concentrar na descrição de tipos e personagens de grande vitalidade social que exibem suas misérias, dramas e grandezas, utilizando técnicas narrativas como o monólogo interior ou o estilo indireto. Destacam-se, entre outras, as obras La Desheredada (1881), Tormento (1884), Fortunata y Jacinta (1886-1887), Tristana (1892), Nazarín (1895) e Misericordia (1897).