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Bidu Sayão Cantora lírica brasileira

11-5-1904, Rio de Janeiro (RJ)

12-3-1999, Maine (EUA)

Do Klick Educação

17/08/2015 20h58

Tecnicamente exemplar, a soprano Balduína de Oliveira Sayão, ou simplesmente Bidu Sayão, foi o maior expoente do canto lírico brasileiro. Reconhecida internacionalmente, notabilizou-se pela autenticidade com que interpretou personagens como Zerlina, em Don Giovanni, e Suzana, em As Bodas de Fígaro, ambas de Mozart; Norina, em Dom Pasquale, de Donizetti; e Mimi, em La Bohème, de Puccini. Ainda sobressaiu-se em Romeu e Julieta, de Gounod, e em La Gioconda, de Ponchielli. Natural do Rio de Janeiro, começou a estudar canto aos 13 anos com a professora romena Elena Theodorini. Aos 18, foi para a França estudar com Reszke. Em 1926, estreou profissionalmente interpretando Rosina, em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, no Teatro Constanzi, em Roma, na Itália. Apresentou-se no mesmo ano e, em 1927, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com a mesma ópera. Depois de cantar em vários países (Itália, Argentina, França e Estados Unidos), foi contratada por um dos maiores regentes do século XX, o italiano Arturo Toscanini, para integrar a Orquestra Filarmônica de Nova York. Fez parte também do corpo do Metropolitan Opera House, mudando-se para os Estados Unidos. Apesar de retirar-se dos palcos em 1957, a pedido de Villa-Lobos cantou pela última vez no Carnegie Hall, em Nova York, em 1958, quando foi apresentada a suíte A Floresta do Amazonas, em cuja gravação também atuou. De Villa-Lobos, gravou ainda Bachianas Brasileiras nº 5, que lhe foi dedicada pelo compositor. Em 1995, veio ao Brasil para desfilar como homenageada na escola de samba Beija-Flor, no Rio de Janeiro.