Boris Nikolaievich Ieltsin Político russo
01/02/1931, Sverdlovsk, Rússia</p><p>23/04/2007, Moscou, Rússia<p>
Engenheiro industrial, membro do PCUS (Partido Comunista da União Soviética) desde 1961 e, entre 1976 e 1985, chefe do partido na região de Sverdlovsk, incorporou-se em 1981 ao Comitê Central, ocupando a presidência em 1985.
Chamado a Moscou por Mikhail Gorbachev, Ieltsin dirigiu o PCUS e se apresentou, em 1985, como candidato ao Politburo - órgão executivo do Partido. Enquanto ganhava popularidade na capital graças às reformas empreendidas na administração e à luta contra a corrupção, obtinha a inimizade das forças opositoras à reforma, que conseguiram sua destituição em 1988 como chefe do partido e candidato ao Politburo.
Nomeado então vice-primeiro-ministro para a Construção, em 1990 foi eleito presidente do Congresso dos Deputados da Rússia, impulsionando a Perestroika. Em agosto de 1991, opôs-se ao golpe contra Gorbachev, assumiu a missão de acabar com o PCUS e esteve ligado à formação da CEI (Comunidade de Estados Independentes), processo ligado à queda de Gorbachev e à dissolução da União Soviética (dezembro de 1991).
Ieltsin pretendia, com a reforma política, instaurar a economia de mercado, mas encontrou a resistência das forças reacionárias lideradas pelo vice-presidente Alexander Ruzcoi, que tentaram, sem sucesso, provocar sua queda em outubro de 1993. Com a aprovação de uma nova Constituição em dezembro de 1993, Ieltsin reforçou seu poder, mas a economia não melhorou. Ele teve de fazer concessões a seus adversários políticos, que ficaram fortalecidos.
Na política interna, graças ao apoio do ministro Victor Chernomirdin, prosseguiu com as reformas, procurando manter o poder. Na política externa, suas relações com os países da CEI baseavam-se na defesa dos interesses nacionais russos de forma conservadora. Combateu Mussaiev D. Dudaiev em 1990, quando a Chechênia tentou separar-se da Federação Russa, sem êxito.
As negociações de paz com os chechenos, nas eleições presidenciais de junho de 1996, a união eleitoral com o ex-general Alexander Liebed, seu conselheiro de Segurança, e diversas ações populistas asseguraram-lhe a permanência no cargo. Após uma cirurgia no coração, em 1996, alterou a composição do aparelho político central. Nomeou Anatoli Chubais e Boris Nemzov vice-presidentes do governo, mantendo Chernomirdin em seu cargo. Ante a ampliação da Otan, com a incorporação de novos membros do antigo Pacto de Varsóvia, Ieltsin estreitou a cooperação com a China.
Por seu delicado estado de saúde, pelas críticas que vinha recebendo ao caráter autocrático de seu governo e a casos de corrupção, Ieltsin renunciou em 31 de dezembro de 1999. Nomeou para seu posto o primeiro-ministro Vladimir Putin, que lhe garantiu imunidade contra eventuais processos judiciais.
Morreu repentinamente aos 76 anos.