Buffon (Georges Louis Leclerc) Naturalista francês
7 de setembro de 1707, Montbard (França)
16 de abril de 1788, Paris (França)
Georges Louis Leclerc, conde de Buffon, foi um dos maiores naturalistas franceses de todos os tempos.
Depois de se doutorar em leis no colégio dos jesuítas de Dijon, partiu para Angers, a fim de aprimorar seus conhecimentos de história natural e matemática. Em 1730, ao lado de seu amigo, lorde Kingston, empreendeu uma longa viagem através da França, da Itália e da Inglaterra.
De volta à França em 1732, dedicou-se às pesquisas científicas e ingressou na Academia de Ciências de Paris. Desenvolveu também seus conhecimentos de silvicultura, mineralogia e metalurgia, dedicando-se, nos intervalos de suas atividades, ao estudo da matemática e ao trabalho de tradução (Buffon traduziu, para o francês, algumas obras do fisiologista Stephen Hales e do físico Isaac Newton).
Em 1739 foi nomeado intendente do Jardim Real (ou Jardin Du Roi). Ali, reuniu imensa coleção de espécimes zoológicos e botânicos, além de vasto material de pesquisa geológica, paleontológica e mineralógica, transformando o local no conhecido Jardin des Plantes, que se tornou, em 1794, o Museu Nacional de História Natural.
Precursor das teorias evolucionistas
Buffon deixou obra gigantesca: escreveu (com a colaboração de um pequeno grupo de naturalistas) e dirigiu a monumental História natural geral e particular, com a descrição do gabinete do rei, em 44 volumes, publicada entre 1749 e 1804.
Embora sem apresentar soluções definitivas, Buffon estudou os problemas fundamentais da biologia, cooperando decisivamente para o progresso das teorias sobre a origem da vida.
Mais filósofo do que naturalista, Buffon lançou a semente das novas teorias sobre a origem dos seres vivos. Precursor de Lamarck e Darwin, suas concepções filosóficas sobre a influência do meio na degeneração das espécies e suas considerações sobre as diferenciações das raças humanas constituíram valiosos subsídios para o progresso da biologia.