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Charles Bally Linguista suíço

4 de fevereiro de 1865, Genebra (Suíça)

10 de abril de 1947, Genebra (Suíça)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

23/04/2009 18h20

Charles Bally foi discípulo e sucessor de Ferdinand de Saussure na cátedra de gramática comparada e de linguística geral da Universidade de Genebra, onde lecionou até 1939.

Em colaboração com Albert Sechehaye e Albert Riedlinger, coligiu e publicou as lições de Saussure, cuja obra continuou e desenvolveu de maneira original.

Sob a influência de Saussure e da sociologia de Durkheim, Bally dedicou-se ao estudo dos elementos afetivos na linguagem. Seu trabalho nasceu em parte das exigências didáticas de fazer que os estudantes de língua alemã apreciassem as diferenças afetivas que distinguem muitos sinônimos franceses.
 

Estilística

Bally criou um método de investigação a que deu o nome de estilística, palavra que já ocorre em francês em 1872.

Toda a investigação de Bally é dominada pela ideia da língua como um fato social que se impõe ao indivíduo com força coercitiva e quase ineludível.

Em seu Compêndio de estilística (1905), no Tratado de estilística francesa (1909) e na coletânea A linguagem e a vida (1913), Bally expõe suas ideias sobre o estilo e a estilística e, considerando os sinais da linguagem na gramática e no dicionário, observa que possuem um significado, que é um conceito, além de seu valor parassemântico, entendendo por parassemântico qualquer gama de significado que vá além ou aquém do conceito.

Para Bally, o que caracteriza o estilo é essencialmente o contraste entre o emocional e o intelectual, entre o parassemântico e o semântico.
 

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