Correggio Pintor italiano

Os fatos conhecidos da vida de Antonio Allegri, chamado de "Il Correggio", são, infelizmente, poucos. Teria estudado pintura, na juventude, em Modena, com Francesco Bianchi de Ferrari, e, depois, em Mântua, com Andrea Mantegna, sua principal influência no início da carreira.

Em 1506, ainda em Mântua, pinta os quatro evangelistas da capela funerária de Mantegna. Sua primeira série de afrescos foi pintada por volta de 1518. Essas obras refletem a influência de Leonardo da Vinci, de quem Correggio utiliza os efeitos de luz e sombra.

Correggio teria visitado Roma em algum momento durante os anos de 1517 a 1520, mantendo contato como Rafael e Miguel Ângelo, dos quais também sofreria influência, como o demonstram sobretudo os afrescos nas cúpulas da igreja de San Giovanni Evangelista, em Parma, e, sua obra máxima, os afrescos da cúpula do Duomo de Parma, pintados entre 1526 e 1530.

Além de composições baseadas em temas religiosos - incluindo alguns pequenos quadros, como "Natividade" e "Casamento de santa Catarina" -, Correggio também pintou quadros eróticos, como "Antíope", "Dânae" e "Io", manifestações de pura sensualidade, verdadeira arte transfigurada.

Mestre da expressão do sentimento, do sensual e do movimento, a arte de Correggio desliga-se do Renascimento e anuncia o Barroco. Seus contemporâneos, apesar de reconhecerem seu gênio, surpreendiam-se com as audácias de suas composições, de seu colorido, deixando-se fascinar por seus nus, seus anjos sorridentes e suas paisagens. Correggio tornou-se, assim, um símbolo do gosto moderno em oposição ao gosto clássico.

Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional